Na Igreja católica
hoje se fala muito de sinodalidade, mas na verdade esse caminhar junto é uma
preocupação presente há muito tempo. No Regional Norte1 da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil essa sinodalidade se faz presente nas assembleias do Regional,
que acontece pela 49ª vez de 19 a 22 de setembro na Maromba de Manaus.
As Assembleias do
Regional Norte1, onde participam os bispos, padres, representantes da Vida
Religiosa, do laicato e dos povos indígenas, são momentos em que se concretiza
uma Igreja de comunhão, participação e missão, temática presente no Sínodo
sobre a Sinodalidade que está acontecendo na Igreja e que vai ter sua
assembleia sinodal em 2023.
A 49ª Assembleia
Regional Norte1 analisou a realidade sociopolítica e eclesial como elementos
que ajuda a encontrar o caminho a seguir. Uma caminhada que se concretiza na
vida das dioceses e prelazias, mas também das pastorais e movimentos, que tem
apresentado os elementos presentes na vida cotidiana ao longo dos últimos 12
meses.
A orientação dessa
caminhada está nas Diretrizes para a Ação Evangelizadora do Regional,
alimentadas pela vida pastoral, e no último ano de modo especial pela
comemoração dos 50 anos do Encontro de Santarém, que foi motivação do IV
Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal que aconteceu em Santarém no mês
de junho de 2022.
Assumir que juntos
somos mais e chegamos mais longe é um desafio na vida da Igreja. O conhecimento
mútuo, a caminhada conjunta, ajuda a superar esses desafios. Daí a importância
da Assembleia Regional, expressão de uma Igreja sinodal onde todos são chamados
a estar à escuta de todos e todos à escuta do Espírito Santo, que se faz
presente em todos os batizados e batizadas.
A Assembleia
Regional, onde são escutadas as vozes chegadas das várias igrejas particulares
que fazem parte do Regional Norte1, as vozes nascidas dos diferentes
ministérios presentes na vida da Igreja, representa um elemento fundamental na
vida de uma Igreja que na Amazônia quer assumir uma evangelização libertadora que
parte da encarnação na realidade.
Como assumir a
necessidade de caminhar juntos nos diferentes espaços da Igreja, mas também da
sociedade? Quais os passos a serem dados para sermos presença do Deus da vida
em meio a uma sociedade que cada vez precisa mais de sua presença e de sua luz?
Como fomentar o diálogo, a fraternidade, a sororidade na Igreja e na sociedade?
Como superar visões individualistas da realidade e da fé que nos distanciam
daqueles que deveriam ser vistos como companheiros e companheiras na caminhada?
É tempo de
construir juntos, de entender as dinâmicas que nos ajudam a descobrir os
fundamentos da nossa vida e da nossa fé. Não duvidemos que isso nos enriquece e
nos aproxima dos outros, mas também de um Deus que é comunidade e que nos chama
a ver nos outros a presença de um irmão, de uma irmã, e não de um inimigo.
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