O Seminário
São José da Arquidiocese de Manaus, onde se formam os seminaristas do Regional
Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil celebrou nesta terça-feira
7 de fevereiro a Missa de abertura do Ano 2023.
A
celebração foi presidida pelo Reitor do Seminário São José, Padre Zenildo Lima,
e concelebrada pelos formadores, o Padre Rubson Vilhena, do clero da
Arquidiocese de Manaus, que acompanha a Etapa da Configuração, da qual fazem
parte os 22 estudantes de Teologia, e o Padre Alex Mota, do clero da Prelazia
de Itacoatiara, que será o formador da Etapa do Discipulado, formada pelos 30
estudantes de Filosofia.
Em 2023 o
número de seminaristas no Seminário São José é de 52, sendo 13, 11 no primeiro
ano de Filosofia e 2 no primeiro ano de Teologia, os seminaristas que passam a integrar
a comunidade formativa, sendo acolhidos na celebração de abertura. 4
seminaristas são da Diocese de Roraima, 4 da Diocese de Parintins, 6 da Diocese
de São Gabriel da Cachoeira, 4 da Prelazia de Itacoatiara, 6 da Diocese de Alto
Solimões, 4 da Prelazia de Borba, 7 da Diocese de Coari e 17 da Arquidiocese de
Manaus.
Entre os
seminaristas, 12 são indígenas, quase a quarta parte do total, são indígenas, 4
Tukanos, um Tikuna, 2 Kokamas, 3 Macuxis, um Maraguá e um Sateré Maué. Sua
presença é importante em vista da proposta do Sínodo para a Amazônia de avançar
numa Igreja com rosto indígena na Amazônia.
Durante a
homilia, o Padre Zenildo Lima, tomando como ponto de partida a leitura do Livro
do Génesis, onde faz a narrativa da Criação, resgatou a Aula Inaugural da
Faculdade Católica do Amazonas, aonde o Padre Adelson Araújo dos Santos,
chamava a atenção para as implicações da fé e o meio ambiente e a relação com a
ecologia, fazendo memória da Laudato Si´ e do Sínodo para a Amazônia, assim
como também a intervenção da Professora Marilene Corrêa, que dizia que as políticas
públicas não contemplam a nossa região da Amazônia, para quem o Brasil está de
costas.
O Reitor do
Seminário São José insistiu na necessidade de que “estabeleçamos uma relação
nova com toda a realidade criada, a partir da categoria do saber, do
conhecimento”. Segundo o Padre Zenildo, “onde existe o conhecimento dos nossos
povos ancestrais, a relação com toda a realidade criada é bem mais plena, é bem
mais equilibrada”. O padre da Arquidiocese de Manaus fez ver aos seminaristas
que “todo vocacionado ao ministério presbiteral é também um homem vocacionado
ao saber para que se relacione de um modo novo com toda a realidade”.
Se faz
necessário, destacou o Reitor do Seminário São José de Manaus, “uma sadia
experiência de ritualidade e de memória. Não vale a pena tradições e
tradicionalismos que não nos permitam esse contato com a realidade”.
No final da
celebração foram chamados os novos seminaristas que vão compor a casa, assim
como Hugo Barbosa, do 4º Ano de Teologia, e Michel Carlos, do 3º Ano de
Teologia, que juntamente com o diácono Mateus Marques e o seminarista Marcos
Vinicius, da Arquidiocese de Brasília, que está fazendo uma experiência na
Arquidiocese de Manaus, irão constituir uma comunidade de seminaristas na Area
Missionária São João Paulo II.
Uma
formação que está dividida em diferentes áreas: dimensão humana, dimensão intelectual,
dimensão espiritual e dimensão pastoral, uma faceta que se concretiza no
trabalho pastoral dos seminaristas nas paróquias e áreas missionárias onde são
enviados aos finais de semana, visando sempre formar padres no coração da Amazônia.
Fotos: Seminário São José
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