Com grande
alegria, a Igreja de Borba celebrou neste 25 de junho a instalação da diocese
de Borba. Criada em 13 de julho de 1963 como prelazia, junto com a prelazia de
Coari, criada diocese em 9 de outubro de 2013, e a prelazia de Itacoatiara, a
Eucaristia celebrada na nova catedral diocesana de Santo Antônio tornou
realidade a Bula do Papa Francisco com data de 18 de novembro de 2022, lida na
celebração pelo chanceler diocesano.
A celebração
foi presidida pelo cardeal Leonardo Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus
e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB Norte1), delegado do nuncio apostólico no Brasil dom Giambattista
Diquattro, e contou com a presença de dom Marcos Piatek, bispo da diocese de
Coari, dom Gutemberg Freire Regis, bispo emérito da diocese de Coari, dom José
Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da prelazia de Itacoatiara, dom José
Alburquerque de Araújo, bispo da diocese de Parintins, dom Evaristo Pascoal
Spengler, bispo da diocese de Roraima. Uma celebração onde também se fez
presente o clero, a vida religiosa e o povo de Deus que caminha nesta Igreja banhada
pelo Rio Madeira.
A festa
começou com a benção da cúria diocesana pelo cardeal Steiner, que realizou
posteriormente o rito de instalação da diocese. Dom Leonardo insistiu, seguindo
as palavras do Evangelho do dia, em não ter medo em servir às pequenas
comunidades, em servir de guia para os missionários, as missionárias, seguindo
o exemplo daqueles que não tiveram medo em encarnar a Igreja e viver o
Evangelho, de seguir a Jesus, também na Cruz. Um não ter medo que fez possível que
hoje fosse instalada a diocese de Borba, afirmou o metropolita.
Eles tomaram
o conselho de Jesus “como um horizonte para anunciar e proclamar”, destacou dom
Leonardo. Um espírito missionário que segundo o cardeal será continuado pela
nova diocese seguindo os passos, as navegações do passado, um espírito
missionário muito presente na Amazônia, um espírito de colegialidade entre os
bispos, o que foi expresso na entrega do báculo ao novo bispo diocesano, feita
por todos os bispos presentes.
Como
presidente, Dom Leonardo agradeceu a Dom Zenildo por sua presença no Regional Norte1,
seu entusiasmo e dedicação, sua missionariedade, afirmando não ter perdido seu
espírito de Redentorista, que é o espírito da missionariedade e “que agora se
coloca com maior disposição ainda a serviço desta nossa igreja particular”,
pedindo para ele a benção e a ajuda de Deus. O cardeal convidou os presentes na
celebração a não deixar de anunciar Jesus e introduzir os mais jovens no dom da
Palavra de Deus, “para que não abandonem a Igreja por qualquer motivo, mas aprofundem
cada vez mais a relação com nosso Senhor Jesus Cristo e se sintam cada vez mais
comunidade de fé”, pedindo de Deus a graça da perseverança e da alegria.
“Uma Igreja
que tem a missão de evangelizar”, segundo Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva
enfatizou no início de sua homilia, que nasceu durante o Concílio Vaticano II, vivido
em tônica de alegria, uma alegria que “é dom e graça e vem perpassando a
evangelização na Igreja até hoje”, segundo o bispo da diocese de Borba,
lembrando que o atual pontificado começou com a “Evangelii Gaudium”, a Alegría
do Evangelho.
Alegria que
segundo o bispo foi uma expressão presente na celebração de instalação da
diocese de Borba, agradecendo a vida e missão de seus predecessores. Comentando
as leituras do dia, 12º domingo do Tempo Comum, Dom Zenildo destacou a confiança
em Deus que o profeta Jeremias tem mesmo diante perseguição, solidão e
abandono. Ele teve medo e resistiu, mas o Senhor não desiste e o envia para
proclamar a justiça, o que provoca o repúdio do povo e da própria família. O essencial
não é cumprir a Lei de Moisés, mas acolher a oferta de Salvação que Deus faz a
todos por Jesus, afirmou ao elo do texto de São Paulo aos Romanos.
Jesus envia
seus discípulos para a missão, e lhes diz que não tenham medo, medo do
fracasso, medo da morte, medo pela sobrevivência. São atitudes também presentes
hoje e que devem levar a Igreja a refletir quando quer realizar a missão
evangelizadora. Em sua nova missão como bispo diocesano
Dom Zenildo
confessou seu amor pela Igreja e pela Missão, algo presente em seu lema
episcopal: “Apascenta minhas ovelhas”, insistindo em que vai “continuar
zelando, cuidando e defendendo esta porção do povo de Deus a mim confiado”. Uma
diocese que seguindo a missão de Cristo, foi chamada pelo bispo a “evangelizar
todos e todas e principalmente os esquecidos, ribeirinhos, indígenas, comunidades,
cuidar a casa comum”. Uma Igreja que foi convidada por Dom Zenildo a celebrar no
dia 13 de julho, nas comunidades, nas áreas missionárias e nas paróquias, os 60
anos de caminhada.
Parabéns a Diocese de Borba
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