domingo, 25 de junho de 2023

Igreja de Borba celebra com gratidão a instalação da Diocese


Com grande alegria, a Igreja de Borba celebrou neste 25 de junho a instalação da diocese de Borba. Criada em 13 de julho de 1963 como prelazia, junto com a prelazia de Coari, criada diocese em 9 de outubro de 2013, e a prelazia de Itacoatiara, a Eucaristia celebrada na nova catedral diocesana de Santo Antônio tornou realidade a Bula do Papa Francisco com data de 18 de novembro de 2022, lida na celebração pelo chanceler diocesano.

A celebração foi presidida pelo cardeal Leonardo Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), delegado do nuncio apostólico no Brasil dom Giambattista Diquattro, e contou com a presença de dom Marcos Piatek, bispo da diocese de Coari, dom Gutemberg Freire Regis, bispo emérito da diocese de Coari, dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da prelazia de Itacoatiara, dom José Alburquerque de Araújo, bispo da diocese de Parintins, dom Evaristo Pascoal Spengler, bispo da diocese de Roraima. Uma celebração onde também se fez presente o clero, a vida religiosa e o povo de Deus que caminha nesta Igreja banhada pelo Rio Madeira.

A festa começou com a benção da cúria diocesana pelo cardeal Steiner, que realizou posteriormente o rito de instalação da diocese. Dom Leonardo insistiu, seguindo as palavras do Evangelho do dia, em não ter medo em servir às pequenas comunidades, em servir de guia para os missionários, as missionárias, seguindo o exemplo daqueles que não tiveram medo em encarnar a Igreja e viver o Evangelho, de seguir a Jesus, também na Cruz. Um não ter medo que fez possível que hoje fosse instalada a diocese de Borba, afirmou o metropolita.



Eles tomaram o conselho de Jesus “como um horizonte para anunciar e proclamar”, destacou dom Leonardo. Um espírito missionário que segundo o cardeal será continuado pela nova diocese seguindo os passos, as navegações do passado, um espírito missionário muito presente na Amazônia, um espírito de colegialidade entre os bispos, o que foi expresso na entrega do báculo ao novo bispo diocesano, feita por todos os bispos presentes.

Como presidente, Dom Leonardo agradeceu a Dom Zenildo por sua presença no Regional Norte1, seu entusiasmo e dedicação, sua missionariedade, afirmando não ter perdido seu espírito de Redentorista, que é o espírito da missionariedade e “que agora se coloca com maior disposição ainda a serviço desta nossa igreja particular”, pedindo para ele a benção e a ajuda de Deus. O cardeal convidou os presentes na celebração a não deixar de anunciar Jesus e introduzir os mais jovens no dom da Palavra de Deus, “para que não abandonem a Igreja por qualquer motivo, mas aprofundem cada vez mais a relação com nosso Senhor Jesus Cristo e se sintam cada vez mais comunidade de fé”, pedindo de Deus a graça da perseverança e da alegria.

Uma Igreja que tem a missão de evangelizar”, segundo Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva enfatizou no início de sua homilia, que nasceu durante o Concílio Vaticano II, vivido em tônica de alegria, uma alegria que “é dom e graça e vem perpassando a evangelização na Igreja até hoje”, segundo o bispo da diocese de Borba, lembrando que o atual pontificado começou com a “Evangelii Gaudium”, a Alegría do Evangelho.



Alegria que segundo o bispo foi uma expressão presente na celebração de instalação da diocese de Borba, agradecendo a vida e missão de seus predecessores. Comentando as leituras do dia, 12º domingo do Tempo Comum, Dom Zenildo destacou a confiança em Deus que o profeta Jeremias tem mesmo diante perseguição, solidão e abandono. Ele teve medo e resistiu, mas o Senhor não desiste e o envia para proclamar a justiça, o que provoca o repúdio do povo e da própria família. O essencial não é cumprir a Lei de Moisés, mas acolher a oferta de Salvação que Deus faz a todos por Jesus, afirmou ao elo do texto de São Paulo aos Romanos.

Jesus envia seus discípulos para a missão, e lhes diz que não tenham medo, medo do fracasso, medo da morte, medo pela sobrevivência. São atitudes também presentes hoje e que devem levar a Igreja a refletir quando quer realizar a missão evangelizadora. Em sua nova missão como bispo diocesano

Dom Zenildo confessou seu amor pela Igreja e pela Missão, algo presente em seu lema episcopal: “Apascenta minhas ovelhas”, insistindo em que vai “continuar zelando, cuidando e defendendo esta porção do povo de Deus a mim confiado”. Uma diocese que seguindo a missão de Cristo, foi chamada pelo bispo a “evangelizar todos e todas e principalmente os esquecidos, ribeirinhos, indígenas, comunidades, cuidar a casa comum”. Uma Igreja que foi convidada por Dom Zenildo a celebrar no dia 13 de julho, nas comunidades, nas áreas missionárias e nas paróquias, os 60 anos de caminhada.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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