A crise sanitária que está sendo vivida no Estado do
Amazonas em decorrência da pandemia da Covid-19, que já atingiu, oficialmente,
até 12 de fevereiro de 2021, 292.494 pessoas e ceifou a vida de 9.753
amazonenses, tem provocado que as dioceses e prelazias tenham procurado
alternativas para a celebração da Quarta-feira de Cinzas, uma data de especial
significado na vida dos católicos, que dá início ao tempo da Quaresma.
A situação nas últimas semanas é trágica. Desde o dia 12 de
janeiro até 12 de fevereiro, no Estado do Amazonas, o número de casos aumentou
em 74.424, e os óbitos somaram 3.943 no mesmo período, 3.072 em Manaus, segundo
recolhe a Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas, que emite diariamente
o boletim epidemiológico.
No dia 12 de fevereiro, a Arquidiocese de Manaus e a
Prelazia de Itacoatiara emitiam notas com as orientações a seguir no dia em que
se inicia a Quaresma e a Campanha da Fraternidade Ecumênica. A Diocese de São
Gabriel da Cachoeira também tem organizado os horários de distribuição das
cinzas nas diferentes paróquias e comunidades da sede da diocese.
Neste tempo quaresmal, em que somos chamados a nos
colocarmos a caminho da Cruz e da Ressurreição, as diferentes Igrejas do
Regional pedem que as cinzas sejam distribuídas “nas igrejas em horários a
serem indicados, com o distanciamento necessário”, segundo o comunicado assinado
por Dom Leonardo Steiner, e que “sejam colocadas sobre a cabeça, sem tocá-la”.
Uma novidade neste ano é o incentivo do “envio da cinza para
as famílias, incentivando que façam um momento de oração e depois o pai e a mãe
imponham a cinza sobre a cabeça um do outro e eles sobre a cabeça dos filhos”,
segundo o comunicado da Arquidiocese de Manaus. Para esse momento, a Prelazia
de Itacoatiara está elaborando “um roteiro para a celebração em família da
Quarta-feira de Cinzas”, que será postada nas redes sociais da prelazia e das
paróquias.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
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