“Responder com tranquilidade e esperança”, poderíamos dizer que é o propósito da nota que a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB tem lançado neste 9 de fevereiro. O texto começa analisando a atual realidade brasileira: “um tempo entristecedor, com tantas mortes causadas pela covid-19, um processo de vacinação que gostaríamos fosse mais rápido e uma população que se cansou de seguir as medidas de proteção sanitária”.
Logo depois se centra na Campanha da Fraternidade, “atendendo
à solicitação de irmãos bispos”. Os ataques contra a CNBB e a própria Igreja
católica têm se tornado comuns nas últimas semanas, “ocasionado insegurança e
mesmo perplexidade”. A nota afirma que “a Campanha da Fraternidade é uma
riqueza da Igreja no Brasil”, e neste ano 2021 tem como tema o diálogo, sendo
uma campanha ecumênica.
O tema do diálogo quer responder a “um tempo de polarizações
e fanatismos”, atitudes muito presentes naqueles que estão atacando a Campanha,
especialmente o Texto Base, que a nota destaca que tem caráter ecumênico. A
nota aborda algumas questões específicas que tem despertado polêmica, especialmente
nas redes sociais, sobretudo as questões de gênero.
Os bispos recomendam o uso da Fratelli tutti, publicada após
o Texto Base ficar pronto, como subsídio, pois ela estabelece forte conexão
entre o tema de 2020 e o de 2021, cuidado e diálogo. Também são feitos
esclarecimentos em referência à Coleta da Solidariedade, dado que existem vozes
que pedem “que não se faça a oferta da solidariedade no Domingo de Ramos, uma
vez que existiria o risco de aplicação dos recursos em causas que não estariam
ligadas à doutrina católica”. Diante disso se clarifica como são distribuídos
os fundos arrecadados.
As orientações dadas pela presidência da CNBB dizem para não
descartar a Campanha da Fraternidade, considerada como uma marca da Igreja do
Brasil, expressando as dificuldades que alguns temas geram e que “a Igreja tem
sua doutrina estabelecida a respeito das questões de gênero e se mantém fiel a
ela”. A nota deixa claro que os recursos arrecadados “serão aplicados em
situações que não agridam os princípios defendidos pela Igreja Católica”, destacando
a importância da causa ecumênica e de não quebrar a comunhão.
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