sábado, 25 de março de 2023

Dom Evaristo disse chegar em Roraima como oportunidade para abrir-se a novas realidades


A chegada de Dom Evaristo Spengler como 10º Bispo da Diocese de Roraima é um momento intenso para esta Igreja local “uma nova página, cada novo bispo vem para renovar, para dar um alento na caminhada da Igreja”, segundo o Padre Lúcio Nicoletto, Administrador Diocesano.

Dom Evaristo está sendo acolhido nem só pela Diocese de Roraima como também pelo Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1). A Ir. Rose Bertoldo mostrou a grande alegria diante da chegada do novo Bispo de Roraima com sua chegada num Regional que “tem uma comunhão muito grande entre as igrejas e caminha na sinodalidade”. A Secretária Executiva do Regional destacou a chegada do Presidente da Comissão Episcopal Pastoral Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano, somando assim com uma das causas prioritárias do Regional, o enfrentamento do tráfico de pessoas e da exploração sexual  de crianças e adolescentes. Um agradecimento que também mostrou a Ir. Irene Lopes, Secretária Executiva da REPAM-Brasil, que tem Dom Evaristo como seu presidente.

O Cardeal Leonardo Steiner, que ordenou Bispo a Dom Evaristo Spengler, lembrou seu lema episcopal, “avance para águas mais profundas”, dizendo que “Roraima será uma oportunidade de fazer realidade seu lema”. O Metropolita mostrou a gratidão dos Bispos do Regional por ter aceitado ser Bispo de Roraima, destacando a comunhão que é vivida no regional Norte1 entre bispos, padres, vida religiosa e o laicato.



O Cardeal mostrou a proximidade do Papa com a Amazônia e com a Igreja da Amazônia, da qual faz parte Diocese de Roraima, que sempre tem caminhado com as outras igrejas. Dom Leonardo lembrou que enviou ao Papa Francisco o relatório da visita que realizou no mês de fevereiro diante da crise do Povo Yanomami, mostrando seu agradecimento ao Santo Padre pela nomeação de Dom Evaristo, insistindo em que “a Amazônia está no coração do Papa e ele olha para nossas igrejas de forma muito carinhosa”. O Papa Francisco “estima nossa Igreja e nos estimula a caminhar com as pessoas mais necessitadas e com as realidades que fazem parte da nossa evangelização”, destacou o Arcebispo de Manaus.

O novo Bispo agradeceu a acolhida do Regional Norte1 e da Diocese de Roraima, que conheceu numa rápida visita no mês de fevereiro. Dom Evaristo Spengler vê sua chegada em Roraima como consequência dos planos de Deus, que “planeja nossa vida”, algo que disse ter vivenciado ao longo de sua missão como frade franciscano e Bispo. Chegar em sua nova Diocese é visto por Dom Evaristo como oportunidade que Deus está lhe dando para “abrir-se a novas realidades”, numa Diocese que ele definiu como profética, fiel ao Evangelho, na defesa dos mais pobres e vulneráveis, relatando a crise humanitária sem precedente do Povo Yanomami.

O novo Bispo destacou a relação histórica da Diocese de Roraima em defesa dos povos indígenas, uma defesa histórica na linha do Evangelho de Jesus. Ele disse querer somar com os caminhos que vem realizando a Diocese, que vive um processo de escuta sinodal para contemplar todas as realidades. No extenso território da Diocese, Dom Evaristo disse querer conhecer todas as realidades e as vulnerabilidades que existem no Estado de Roraima.



Dom Evaristo lembrou também da visita da Comissão Episcopal Pastoral Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano em 2018, que ajudou na organização de muitas ações aceitas pela CNBB, com recursos para assistir aos migrantes, que hoje se centra no trabalho de documentação e de assessoria jurídica. Dom Evaristo anunciou uma nova vista da comissão ao longo deste ano.

Dom Evaristo Spengler insistiu em que o Bispo não atua sozinho, ele atua no conjunto da Igreja, cada realidade é uma experiência diferente, chamando a aprofundar numa Igreja sinodal, numa Igreja que fortaleça as comunidades, uma Igreja que anuncia, que celebra e testemunha, uma Igreja em saída missionária e uma Igreja que acolhe.

A chegada de um novo Bispo não é colocar uma pedra por cima, insistiu o Padre Lúcio Nicoletto, e sim lembrar a história da Igreja de Roraima, que acolhe Dom Evaristo sentindo que é Deus que confirma a fé, a caminhada de um povo. O administrador diocesano disse que a Igreja é uma comunhão de pessoas e quem chega vem para confirmar uma história e avivar a caminhada numa Igreja que procura avançar para águas mais profundas.

 


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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