sábado, 15 de abril de 2023

2º Domingo da Páscoa: "É no espaço comunitário que a ressurreição se concretiza"


Anunciando que “Cristo ressuscitou e está vivo entre nós!”, iniciou sua reflexão sobre o 2º Domingo de Páscoa a Irmã Michele Silva. A religiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria destacou que “o tempo pascal nos convida a vivenciarmos a alegre esperança da ressurreição em nossas vidas”. 

Olhando a liturgia do dia, ela afirma que “nos apresenta o rosto misericordioso de Deus Pai e Mãe, que se revela na comunidade e deixa a sua paz, por meio da ação do seu Espírito criador e dinamizador da missão”.

Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, a religiosa destaca que “temos o retrato das primeiras comunidades cristãs que nos inspiram hoje: Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações e tinham tudo em comum; um modelo de comunidade sinodal que buscamos hoje, onde o discipulado de iguais é possível!”.




“O salmista reconhece a bondade e a misericórdia de Deus: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, eterna é a sua misericórdia!”, afirma a Ir. Michele, que ressalta que a segunda leitura, da primeira carta de São Pedro, “nos traz a alegria e a esperança do Cristo ressuscitado, apesar das provações, medos e aflições que passamos nos últimos tempos, Deus sempre revela o seu amor e misericórdia para conosco e nos faz nascer de novo para uma esperança viva”.

Comentando a passagem do evangelho segundo João, “nos apresenta um dos relatos da experiência do Cristo ressuscitado realizado em comunidade. É no espaço comunitário que a ressurreição se concretiza. Jesus se revela aos discípulos e discípulas no lugar onde se encontravam: fechados, com medo, mas unidos, e deseja a sua paz por três vezes! Mostra as mãos, os pés e o lado, e os envia com a força da Divina Ruah para serem continuadoras da sua missão”, segundo a religiosa.

Partindo da figura de Tomé, que não estava presente e não crê, ela questiona: “quantas vezes somos incrédulas e também não nos abrimos para a ação de Deus em nossas vidas?”. A religiosa insiste em que “os sistemas opressores e nossas racionalidades nos ‘endurecem’ e não conseguimos nos abrir para o Cristo ressuscitado, na esperança de um tempo novo, só tocando o chão da realidade e caminhando em comunidade faremos processos profundos e ressuscitantes entre nós!”.

Finalmente, a Ir. Michele Silva deseja “que este tempo pascal renove nossa fé, esperança e amorosidade na caminhada sinodal que estamos trilhando!”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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