Uma Assembleia
com “um caráter diferente das demais pelo fato de ser uma assembleia eletiva
onde estamos escolhendo a presidência e os presidentes das comissões”, afirma Dom
José Altevir da Silva. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está realizando
em Aparecida (SP) sua 60ª Assembleia Geral.
Segundo o bispo
da prelazia de Tefé (AM), esse fato, “para nós isso tem um grande sentido,
porque a semana que antecipou, ela foi marcada justamente pelas orientações e inspirações
de textos, análise de conjuntura, análise eclesial e partilha de textos significativos
para vermos onde estamos e para onde queremos ir no Brasil”.
Lembrando o
Retiro realizado no final de semana, “em que refletimos sobre o amor de Deus
por cada um de nós”, o que segundo o bispo, “implica também o amor de Deus pela
Igreja e seu povo através dos seus representantes, de seus pastores, de todo o
Povo de Deus”, Dom Altevir destaca a importância da organização das comissões. Ele
define a atual assembleia como "um sinal de esperança para nossa Igreja e
também atualização da hermenêutica da caminhada missionária da Igreja, porque
essa é uma dimensão transversal na caminhada da Igreja enquanto CNBB, a dimensão
missionária na vivência do Evangelho de Jesus Cristo”.
Dom Altevir
diz sair da 60ª Assembleia Geral da CNBB, “animado e esperançoso para que tudo
seja feito nesta assembleia em prol do crescimento, da evangelização do Povo de
Deus”. Isso se concretiza na missão, uma dimensão importante na vida do bispo
da Prelazia de Tefé, que no último quadriênio participou da Comissão para a
Ação Missionária da CNBB. Os bispos na Assembleia estão refletindo sobre como “levar
essa dimensão missionária, que não é uma dimensão mais, essa essência missionária
à base”, insiste Dom Altevir.
O bispo de
Tefé percebe que “nós precisamos dar grandes passos, porque muitas reflexões
que nós fazemos, ficam muitas vezes entre os agentes, entre os pastores, entre
os padres, entre um grupo que pensa, que programa”. Diante disso, Dom Altevir
insiste em que “nós precisamos sair do programado para o pragmático, para o
espírito da missão, em todos os sentidos, seja para a dimensão sinodal, seja
para a dimensão missionária, para sair realmente dos conceitos, dos estudos, e
ir até a base, aqui que está o grande desafio para uma Igreja que é por
natureza missionária”.
Em relação à
prática missionária, “nós deveríamos ter menos trabalho para que este assunto
fosse assumido e vivenciado, porque ela já é por natureza missionária”. Diante
disso se questiona o que nós estamos fazendo, algo que acontece, “por falta de conscientização
dos próprios batizados e isso recai sobre nós pastores também, nós estamos
lutando para que a Igreja, que é por natureza missionária tenha consciência que
é missionária”.
Por isso,
ele pede que o trabalho que está sendo feito, também pelos bispos e pela CNBB, “chegue
à base, chegue junto com o povo”, reconhecendo que “aqui que está um pouco a
dificuldade”. Dom Altevir faz um chamado a “ter esperança que cada assembleia
que nós fazemos, cada diretriz, cada orientação que recebemos da CNBB é em prol
da realização da missão junto ao povo de Deus lá na base”.
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