A
Diretora Nacional das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil, ir. Regina da
Costa Pedro, proferiu a última conferência do 5º Congresso Missionário
Nacional, na manhã desta terça-feira: A presença das obras na Igreja do
Brasil.
As
Pontifícias Obras Missionárias são organismos oficiais da Igreja vinculados ao
Dicastério para a Evangelização e atualmente se consolidam como uma rede
mundial de oração e caridade em apoio à missão da Igreja. Para a ir. Regina, as
obras existem “para intensificar a animação, a formação e a cooperação
missionária em todo o mundo”.
Durante
sua exposição, ir. Regina apresentou a história das quatro Obras Pontifícias: Pontifícia
Obra para a Propagação da Fé, Pontifícia Obra da Infância e Adolescência
Missionária (IAM), Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo e a Pontifícia União
Missionária. “Elas não nasceram juntas e nem nasceram pontifícias”, ressaltou.
A identidade e o carisma das POM
A
Diretora seguiu apresentando a identidade e o carisma das POM, pontuando que nasceram
do povo de Deus, que suscitam oração e caridade em todo o mundo e que são
pontifícias, ou seja, instrumentos de serviço à Igreja. Radicadas na realidade
de cada Igreja local, as Pontifícias Obras refletem o mistério da diversidade e
da unidade da Igreja, constituída em 130 países.
Sobre
o carisma, ir. Regina destacou que é um dom do Espírito Santo ao povo de Deus
para despertar ainda mais a consciência de que a missão ad gentes é o
paradigma da ação evangelizadora de todas as comunidades cristãs. “É um
movimento espiritual na Igreja inteira e a serviço da Igreja inteira”,
ressaltou e concluiu: “Este carisma compromete as POM e, por meio dela toda a
Igreja, a deixar-se guiar pelo Espírito”.
“Uma
pessoa encarregada para as POM, não necessariamente um sacerdote”
Na
conferência, ir. Regina alertou para a necessidade de uma reestruturação das
Pontifícias Obras Missionárias, em todo o mundo e inclusive no Brasil.
“Esta necessidade é ainda mais urgente após a reforma da Cúria Romana”,
pontuou. Ela relatou a sua alegria pelo documento que orienta a reforma mundial
das POM, que prevê a nomeação de “uma pessoa encarregada para cuidar das
missões e, em particular das POM” - não necessariamente um sacerdote.
Pontualmente,
entre as reformas mais necessárias estão a constituição de uma instância
intermediária para implantação, animação e coordenação, entre as POM e as
dioceses. Além disso, as POM Brasil também refletem a constituição da Obra de
São Pedro Apóstolo, ainda não consolidada no país.
Ainda
sobre as mudanças que precisam acontecer, ir. Regina destacou a falta de
organização das POM em muitas dioceses do Brasil e explicou que essa
responsabilidade cabe especialmente aos bispos e aos Conselhos Missionários nas
diversas instâncias – Nacional, Regional, Diocesano e Paroquial.
O
5º Congresso Missionária Nacional
A
Diretora Nacional das Pontifícias Obras Missionárias concluiu sua exposição
partilhando os frutos que espera colher deste 5CMN:
Que
ele contribua na revitalização do Programa Missionário Nacional, ajudando a
gerar diretrizes missionárias para a Igreja no Brasil.
Que
ele ofereça pistas para que as POM possam realizar seu serviço de ajudar cada
Igreja local a ser missão a partir do seu território e até os confins da terra.
Ela
finalizou confiando estes sonhos “à ação criadora e recriadora do Espírito e à
intercessão de Maria, Mãe Missionária, para que se tornem realidade na
caminhada de conversão missionária da Igreja peregrina em terras brasileiras”.
Painel
Temático
A Conferência foi seguida pelo painel temático com os Secretários das Obras no Brasil: ir. Antonia Vania de Sousa (Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária), pe. Genilson Sousa (Pontifícia Obra para a Propagação da Fé) e pe. Antônio Niemiec (Pontifícia União Missionária).
Victória
Holzbach, assessora de comunicação CNBB Sul 3
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