As
irmãs Márcia Elói, da Congregação das Irmãs Nova Jerusalém, e Lúcia Weiler, da
Congregação da Irmãs da Divina Providência, participaram do primeiro painel
temático no 5º Congresso Missionário Nacional, esta manhã, em Manaus. O momento
refletiu o lema do 5CMN: Corações ardentes, pés a caminho.
Irmã
Márcia iniciou sua reflexão a partir do Pentecostes e o envio do Espírito Santo
aos discípulos e discípulas, ressaltando que assumir este discipulado é também
assumir a unidade de espírito com convicção, em uma pertença mútua. A
painelista questionou sobre a realidade das comunidades da Igreja no Brasil: “Nossas
comunidades são lugares de acolhida e de escuta? Realmente fazemos a
experiência de pertença e acolhimento em nossas comunidades, a partir da
experiência do próprio Cristo?”, perguntou ir. Márcia.
A
religiosa seguiu provocando os congressistas sobre como estamos permitindo que
o Espírito Santo aja em nós e ressaltou que a experiência com o Espírito deve
nos inspirar a viver um estilo de vida que não nos fecha em uma intimidade
cômoda, mas nos torna pessoas generosas, criativas, felizes e comprometidas com
as demandas da realidade. Segundo ela, é preciso estarmos “conscientes de nossa
identidade cristã e de nossa missão no mundo: ser testemunhas do amor de Deus
em Jesus, criando espaços de acolhida, escuta e comunhão que proporcionem o
encontro fecundo com o Cristo ressuscitado no caminho da vida”.
A
Igreja com a presença da mulher fica mais fecunda
O
painel seguiu com a fala da ir. Lúcia Weiler, que refletiu os corações ardentes
e os pés a caminho especialmente a partir da perspectiva feminina, apresentando
a mística das mulheres da aurora, aquelas que não arredam o pé - como Maria
Madalena - até que encontrem notícias do seu Senhor. Para Lúcia, são assim
porque “seus corações ardem de amor, solidariedade e compaixão”.
Durante
sua exposição, a religiosa enfatizou que não pode haver alguém que legitime ou
não o testemunho das mulheres: “Nós temos uma vocação batismal. Diante de Deus
nós temos que ser incluídas e a Igreja é de todas e todos”, afirmou.
Irmã
Lúcia apresentou o testemunho bíblico de mulheres missionárias e realçou
especialmente o pedido de cuidado das viúvas a Pedro, lideradas por Tabita; as
mulheres precursoras na fundação das comunidades cristãs – lideradas por Lidia;
as mulheres colaboradoras na formação cristã, como Loide e Eunice, avó e mãe de
Timóteo; e, por fim, Priscila, precursora na formação dos discípulos.
Para
concluir sua fala, a teóloga conclamou: “Valorizem a formação que vem através
das mulheres” e, às mulheres, alertou: “É importante não ficarmos presas aquilo
que nos retira, mas nos incluirmos e incluirmos outras e outros. A Igreja com a
presença da mulher fica mais fecunda”.
Victória
Holzbach, assessora de comunicação CNBB Sul3
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