50 jovens
de diversos estados do Brasil participam em Manaus de 5 a 14 de janeiro da VI Ação
Missionária Sem Fronteiras, que tem como tema: “Jovens das igrejas locais aos
confins do mundo”. Organizado pelas Pontifícias Obras Missionárias, a Pontifícia
Obra Missionária da Propagação da Fé e a Juventude Missionária, conta com o
apoio da Arquidiocese de Manaus.
O objetivo é
“despertar o protagonismo missionário e fortalecer vínculos e a interação entre
os jovens da Juventude Missionária de todo o Brasil”, uma das atividades pós
Congresso Missionário Nacional 2023, que quer beber da espiritualidade da Igreja
encarnada na realidade ecológica, cultural, social e eclesial da Amazônia. Ao
longo de 10 dias, a Juventude Missionária terá a oportunidade de vivenciar nas
comunidades da Arquidiocese de Manaus a experiência missionaria. Um tempo de
missão marcado pelo reencontro, contemplação, partilha e celebração.
A VI Ação
Missionária Sem Fronteiras iniciou com uma Eucaristia presidida pelo cardeal
Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, e um momento de formação, onde foi apresentada
a História da evangelização da Amazônia, a realidade de Manaus, a espiritualidade
missionária, a partir do tema: “Jovens das igrejas locais aos confins do mundo”,
e como realizar a missão nas comunidades.
Segundo o
padre Genilson Sousa da Silva, secretário da Pontifícia Obra Missionária da
Propagação da Fé, esta ação missionária conclui o ciclo iniciado um ano atrás,
quando Manaus acolheu 240 seminaristas, alguns padres e bispos para a
experiência Pés a Caminho, que “nos preparou para a gente celebrar o ano do
Congresso Missionário em várias regiões do país, mas também o Congresso
Missionário Nacional”. Ele destacou o “ardor missionário que está no coração,
na vitalidade, no compromisso desses pequenos grupos nas nossas paróquias e
dioceses”.
Uma
experiencia da Juventude Missionária que nasceu em 2016, para “além da nossa
realidade a gente puder se encontrar com outra realidade”, que tem sido
realizada em cada uma das cinco grandes regiões em que se divide o Brasil, lembrou
o padre Genilson Sousa. Uma experiência que é “momento de conexão, de partilha,
de convivência”, e que ajuda os jovens das igrejas locais a viver a experiência
de uma Igreja em saída.
A Juventude
Missionária organiza experiências missionárias em nível diocesano e estadual,
que em 2024 tem como tema “Ide, convidai a todos para o banquete”, em sintonia
com o Mês Missionário. Neste ano, a Igreja do Brasil, a través da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), vai promover diretrizes e formações para
despertar na juventude o ardor evangelizador, lembrou o secretário da
Pontifícia Obra Missionária da Propagação da Fé, que fez um chamado a fazer esse
anúncio missionário no mundo digital.
Uma
juventude que “nos ajuda a perceber a dinâmica na evangelização da nossa Igreja,
que acontece para, mas também com as juventudes”, segundo o padre Matheus
Marques, coordenador do Conselho Missionário Diocesano de Manaus, que destacou a importância dos jovens chegados de diversas partes do
país se inserir nesse modelo de evangelização, modelo de Igreja que está na região
amazônica. Um conhecimento da realidade que esteve presente, segundo ele
lembrou, na Experiência Pés a Caminho e na semana previa ao V Congresso Missionário
Nacional.
Os jovens
participantes dizem trazer “um coração aberto para vivenciar e experimentar
novas experiências, e principalmente agregar novos aprendizados”, segundo Caio
Eduardo, de Presidente Figueiredo (AM), que fez um chamado a “esvaziar os
preconceitos e vir para a Amazônia abertos a ouvir e ao diálogo com as pessoas
que aqui estão”. Chegado do Rio Grande do Sul, Isaac Goulart diz esperar “aprender
com a Igreja da Amazônia como superar alguns desafios, como é a vivência em
comunidade a partir da sua realidade, e também desconstruir muito do que a
gente traz na bagagem a partir do que é a Amazônia, o que é a Igreja daqui, e
também levar todos esses ensinamentos para a Igreja do Rio Grande do Sul”.
Matheus
Castro, da Bahia, vê a VI Ação Missionária Sem Fronteiras como uma oportunidade
para compartilhar culturas e experiências através das ações missionárias que
vão ser realizadas. Ele espera que “a gente possa sair daqui com a alma cheia
do Espírito Santo e levando um pouco da cultura e das experiências daqui para
nossas comunidades”. Finalmente, Giovana Falsarela, de São Paulo, além de
conhecer todo mundo e fazer muitos amigos, espera “aprender muito e também
poder contribuir para essa ação tão bonita da Juventude Missionária”.
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