A Custódia
dos Frades Capuchinhos no Amazonas e Roraima, que estão completando 115 anos de
presença na região, está celebrando seu Ano Missionário. Uma oportunidade “para
fazermos memória dos nossos antepassados, daqueles que nos precederam no
carisma franciscano-capuchinho” e junto com isso “nos envolver para uma
reanimação missionária”, segundo expressou Frei Mário Ivon Ribeiro, superior da
Custódia do Amazonas e Roraima, em carta aos confrades.
Segundo o frade, o trabalho missionário dos capuchinhos ao longo de mais de 100 anos, “navegando
dias ao longo dos rios, levando assistência espiritual e social à população”,
considerando que essa presença “foi vital para a formação e desenvolvimento das
comunidades”, buscando a promoção da vida humana, servindo “como enfermeiro,
engenheiro, arquiteto, atleta, músico, professor”, produzindo um encontro
intercultural em busca de “uma evangelização que abandona os horizontes do ‘civilizar-se’
e tornando-se promoção humana”.
A missão
iniciada por missionários italianos da Provincia Capuchinha da Úmbria, hoje é
continuada e animada por frades nascidos na região, “com o rosto de uma Igreja
amazônica”, segundo o superior. Ele insistiu em ver o Ano Celebrativo
Missionário como momento para “nos lembrar, antes de tudo, da nossa vocação
missionária”.
10 frades participam
de 1º a 10 de março de 2024 na paróquia São Francisco de Assis de Belém do
Solimões, diocese de Alto Solimões da Missão Capuchinha. A missão acontece numa
área indígena que contempla essa presença dos capuchinhos e que consolida
também a permanência dos frades, segundo frei Paulo Xavier Ribeiro.
O frade
destacou que “nós ficamos e continuamos a evangelização, o testemunho do
projeto de Deus a partir da realidade simples, conduzindo a nossa vida a partir
dos sonhos que a Querida Amazônia expressa nas palavras do Papa Francisco, um
sonho social, um sonho cultural, um
sonho que pode nos ajudar a consolidar sempre mais a vida dentro dessa dimensão
da ecologia, e sobretudo reconhecer que como Igreja, nós podemos sonhar com uma
Igreja da simplicidade, uma Igreja da humildade, uma Igreja a partir dos povos
originários”.
“Essa
dimensão nos ajuda a compreender que com esse impulso, nós vamos continuar a
testemunhar a nossa vida de frades capuchinhos, aqui no Amazonas e Roraima,
favorecendo sempre esse encontro com a cultura, com os povos, com os costumes,
com a vida do povo e vivendo a partir daquilo que é a vocação dos franciscanos
capuchinhos, nos exercitando nesse caminho de ser uma Igreja de comunhão, uma
Igreja de participação, uma Igreja missionária”, enfatizou o frade capuchinho.
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