Está sendo
realizado em Belo Horizonte (MG), de 15 a 19 de julho, o Encontro Nacional de
Atualização para Formadores, promovido pela Organização dos Seminários e
Institutos do Brasil (OSIB Nacional), vinculada à Comissão Episcopal para os
Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada (Cmovic) da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB).
Com o tema “Formação
presbiteral: uma perspectiva sinodal-missionária”, busca oferecer um momento de
estudo, partilha de experiências e vivência sinodal como formadores dos futuros
presbíteros. Do encontro participam o reitor e vice-reitor do Seminário São
José de Manaus, padre Pedro Cavalcante e padre Alcimar Araújo, e o reitor do
Seminário Propedêutico da diocese de Borba, padre Rodrigo Bruce.
Um encontro
que o padre Alcimar Araújo considera “muito importante para nós porque estamos
iniciando nosso trabalho no Seminário São José e em certa forma estamos ainda engatinhando
nessa tarefa tão importante na formação dos padres para Manaus e para a
Amazônia”. O encontro conta com a
assessoria do arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da CNBB, dom João
Justino de Medeiros Silva, “que retomou o Documento 110 da CNBB, que, ainda não
o conhecemos profundamente”, lembrou o vice-reitor do Seminário São José.
Foi dado muita
ênfase à missão, pois “em verdade, a formação tem que estar sempre em chave
missionária”, o que segundo o padre Alcimar, “é muito importante para
justamente, a gente ajudar os seminaristas a entenderem que são missão, e estão
em nome da Igreja, em nome de Cristo, e devem continuar a evangelização, devem
continuar o projeto de Jesus. Isso nos ajuda a ter um norte, mas também
percebemos a nossa fragilidade e que precisamos continuar estudando e
conhecendo bem aquilo que a Igreja do Brasil oferece como diretrizes para a
formação dos nossos seminaristas”.
Igualmente,
ele destaca os momentos de troca de experiências, que ajudam a melhorar o que é
feito, em vista de “um horizonte cada vez mais missionário e profético para a
formação do Seminário”, destacou o padre Alcimar. Ele colocou as redes sociais
como uma dificuldade, pela “ligação dos seminaristas com as redes sociais, e
através delas muitas vezes também tem os formadores paralelos, que falam coisas
diferentes daquilo que as Diretrizes da Igreja do Brasil apresentam para o
Seminário, uma preocupação que apareceu em todos os grupos”. Igualmente, foi
falado sobre “os formadores paralelos do próprio clero, que muitas vezes enchem
a cabeça e o coração dos seminaristas com outras ideias que quebram a comunhão
formativa”.
Ao longo do
encontro foi abordada a dimensão profética, a dimensão da Doutrina Social da
Igreja, a necessidade de voltar às bases, botar o pé no chão, de ter uma Igreja
missionária e profética, o que o vice-reitor do Seminário de Manaus considera fundamental.
Isso, “porque há uma centralidade nas rendas, nos panos, na liturgia, enquanto
aquilo que se apresenta como uma característica da beleza, mas não da beleza do
Mistério, não da beleza do celebrado, mas a centralidade no padre, o
clericalismo”. Igualmente foi refletido sobre o trato que os padres têm com os leigos
e leigas, o que provoca muitas reclamações nas dioceses, fazendo um chamado para
a “consciência dos formadores de que é preciso trabalhar isso na formação dos
seminaristas”.
O padre
Alcimar disse ter sido muito importante, “porque nós não fomos devidamente
preparados para assumir o seminário. Levou-se em conta a nossa experiência, a
nossa caminhada, mas é necessário ter um maior conhecimento das Diretrizes, das
experiências existentes”. Diante disso, ele insistiu em que “isso me desafio a
conhecer mais, a me aprofundar mais, a me dedicar mais ao Seminário para que eu
possa responder esses desafios como formador dos teólogos, que apareceram neste
encontro”. Um encontro que ele considera “muito bom e útil, me ajudou e me
desafiou para continuar esse caminho”.
“A
experiência ganhada aqui, ouvindo o relato de outros formadores me ajuda a
compreender melhor os meus formandos”, disse o reitor do Seminário Propedêutico
da diocese de Borba, padre Rodrigo Bruce. “Temos que que ser mais próximos
deles, estar mais próximos deles, e assim encaminhá-los cada vez mais nesse
caminho de discernimento até o sacerdócio”, enfatizou.
“A
experiência tem sido incrível, a gente tem escutado relatos de outros reitores,
que nos ajudam muito e nos confortam, ao ponto de nos dizer, você não está só,
estamos com você nessa luta, nessa labuta de trabalho. O encontro tem sido esse
gerador de conhecimento, principalmente para mim que sou padre recente e acabei
de assumir o Seminário Propedêutico na diocese de Borba”. Ele vê encontro como “uma
experiência de uma profundidade muito grande que com certeza vai me ajudar, não
só no Seminário, mas também lidar com o povo de Deus e assim ser esse exemplo
para nossos seminaristas”.
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