A exploração
sexual e o tráfico de mulheres e crianças são um crime cada vez mais presente
na sociedade, que demanda o compromisso de todos e todas em vista de seu
enfrentamento e erradicação. Na última segunda-feira, 23 de setembro, foi
comemorado o Dia Mundial contra a exploração sexual e o tráfico de mulheres e
crianças, mais uma oportunidade para conscientizar e sensibilizar os governos,
a sociedade e as empresas sobre o tráfico de pessoas.
O tráfico de
mulheres e crianças é uma grave violação dos direitos humanos, e não podemos
ficar em silêncio diante dessa realidade, denunciar a exploração sexual e o
tráfico de pessoas em todas as suas formas se torna uma exigência, que ninguém
pode renunciar a ela, pois estamos diante de uma história antiga, que manifesta
a desigualdade, discriminação e violência.
Violar a dignidade
das pessoas é algo que não é aceitável, tratar os outros como mercadoria que pode
ser comprada e vendida pelo maior lance, sempre que necessário, é uma realidade
que não pode continuar mais em nossa sociedade. Não podemos esquecer que as
principais vítimas são as mulheres e meninas. É por isso que desde 1999, todo 23
de setembro é lembrado esse crime e a necessidade de combatê-lo.
Estamos falando de
um crime altamente lucrativo, que reporta altos benefícios, gerando 32 bilhões
de dólares por ano em todo o mundo. Lucro gerado em consequência dos cerca de
2,5 milhões de pessoas que são traficadas em todo o mundo. Entre as vítimas,
65% são mulheres e meninas, e 92% das vítimas de tráfico são traficadas para
fins de exploração sexual.
A exploração
sexual de crianças e adolescentes ocorre principalmente no ambiente familiar,
por pessoas próximas e de confiança das crianças e da família. Nos últimos
anos, as redes sociais são ferramentas poderosas tanto para a exploração quanto
para a conscientização. Os traficantes estão usando cada vez mais a tecnologia
para traçar o perfil de suas vítimas, recrutar, controlar e explorá-las,
especialmente depois da pandemia da COVID-19.
Nesse combate, é fundamental
educar as crianças e as adolescentes sobre o uso seguro da internet, mostrando
a necessidade de denunciar comportamentos suspeitos. Igualmente, o mundo
virtual se tornou um instrumento de conscientização, que permite atingir um
público mais amplo. Se faz necessário ações preventivas e de combate em busca
da erradicação.
Cada um, cada uma
de nós, temos que tomarmos consciência da necessidade de nos envolvermos no
combate. Também depende de nós que esse crime possa ser superado e que a
sociedade atual possa ser um mundo melhor para todos e todas, especialmente
para os mais vulneráveis. Estar do lado das vítimas sempre é uma exigência para
todos nós, nada justifica nenhum tipo de exploração e tráfico, e para isso as
vítimas esperam nosso compromisso.
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