A Área Missionária
Santo Antônio Maria Claret, em Novo Aripuanã, acolheu no dia 10 de abril a
Missa dos Santos Óleos da diocese de Borba. A celebração foi precedida por um
encontro com a Vida Religiosa que trabalha na diocese, para depois acolher o
povo de Deus que participou da celebração da benção dos óleos e renovação das
promessas sacerdotais. Segundo o bispo diocesano, dom Zenildo Luiz Pereira da
Silva, “se trata da unidade, da comunhão, de uma Igreja comprometida com a
missionariedade”, em um dia muito importante para a Igreja, destacando a sinodalidade
desse momento.
Esperança que vem do Senhor
Na homilia, o
bispo iniciou sua reflexão falando sobre a esperança que vem do Senhor,
agradecendo a Deus a possibilidade de poder celebrar a Missa dos Santos Óleos
com o povo presente. Ele referiu-se aos passos já dados pela diocese de Borba, “enquanto
igreja, enquanto diocese, realizando a escuta, acertando ali, errando,
corrigindo”, agradecendo “pelo zelo, pelo trabalho, a dedicação de cada uma
e de cada um. Todos que fazem por amor.”
Como peregrinos da
esperança, tema do Ano Jubilar, o bispo disse que “estamos ancorados na Cruz de
Jesus”. Ele citou as palavras do cardeal Tolentino: “a esperança não é acessória,
mas é um bem necessário. Assim como você precisa do ar, da água, do alimento,
o cristão, a cristã, precisa de esperança para viver.” Ele lembrou a reflexão
com a Vida Religiosa na manhã da quinta-feira, quando ele disse que “o objeto
da esperança e á Santíssima Trindade”, refletindo sobre a Criação de Deus, sobre
a casa comum se trata na nossa casa.
Segundo dom Zenildo,
“o objeto da esperança, sendo a Trindade, tem duas colunas. A primeira, eles
eram assíduos na oração, no ensinamento dos apóstolos e na unidade.” Ele insistiu
em que “a esperança, ela não nos decepciona”, recordando o lema do Ano
Jubilar da Esperança. É por isso que “somos peregrinos da esperança, porque
ninguém é decepcionado em Jesus.”
Pecados contra a esperança
O bispo de Borba
questionou sobre os pecados contra a esperança, sublinhando que “a esperança do
povo de Deus tem que ser uma esperança fundamentada, porque senão a gente acaba
pecando contra a esperança”, colocando exemplos disso, como a “retrotopia”, que
segundo o bispo é “ficar grudado ao passado e não é capaz de trazer o que
você tem e viver sempre na esperança atualizando. Porque quem tem esperança
tem memória, quem tem memória tem esperança. Memória, não no sentido de ficar
só lembrando, mas memória, aquilo que a teologia da Eucaristia nos ensina. Memória
no sentido de atualizar o Mistério.”
Ele recordou que a
Igreja se alimenta da Palavra e da mesa da Eucaristia, agradecendo aos padres “por
todas as missas que vocês celebram, muito obrigado pelo atendimento que vocês
fazem. Como que vocês ajudam o nosso povo, oferecendo para o nosso povo o pão
que salva, a benção que edifica.” O bispo ressaltou que “nós fomos ordenados
para isso.”
Medo de arriscar
Dom Zenildo
definiu como pecado contra a esperança o fato de “ter medo de arriscar para
o futuro”, afirmando que “é preciso a gente avançar em nossas comunidades,
mais na formação”, mas também em outras preocupações. O bispo disse que um
outro grande contra a esperança é o egoísmo, também o pessimismo. Frente a isso,
ele fez um chamado ao realismo, a pisar no chão, a não ter medo de tentar, a
ser ungidos para pregar, lembrando as palavras do profeta Isaias.
Finalmente, o
bispo de Borba pediu para rezar pelo clero, “para que eles possam viver
sendo felizes e colaborando com Deus na construção deste Reino”, pedindo
viver a vida como vocação que ele definiu como “chamado de Deus”, que se
concretiza de diversos modos. Suas palavras deram passo à renovação das
promessas sacerdotais e a benção dos Santos Óleos.
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