No
Segundo Domingo do Advento, Conceição Silva reflete sobre a passagem do
Evangelho de Mateus que faz parte da Liturgia da Palavra desse dia, uma leitura
que “nos mostra que João foi o escolhido naquele tempo para anunciar a vinda de
Cristo nosso Salvador, assim como nós”.
Segundo
a membro das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Manaus, nós “também somos
escolhidos para levar a Palavra de Deus até os mais distantes e excluídos da
sociedade”. Conceição lembra que “o Evangelho ressalta que não devemos nos
calar, ou ter medo, pois o Espírito Santo está conosco, e ainda nos fala que gritar no deserto significa pregar a Palavra onde ela é proibida,
onde é perigoso, onde vamos ser humilhados e passar por provações, mas é no
deserto que somos aperfeiçoados por Deus”.
“Esse
deserto pode ser na sua casa, no seu trabalho, na sua escola, na sua comunidade,
enfim na sociedade”, insiste. Ela coloca que “quando João Batista batizava as
pessoas elas eram limpas e purificadas do pecado, pediam perdão e mudavam de
vida”. Diante disso, afirma que “hoje nós também devemos nos confessarmos e
mudarmos de vida, pois, fomos resgatados pelo sangue de Jesus, para sermos
puros e alcançarmos a santidade”. Segundo Conceição Silva, “precisamos morrer
para o pecado, e nascer de novo, para continuar lutando pela vida de cada irmão
e cada irmã excluída(o) da nossa sociedade, viver para Deus e para os irmãos e
irmãs é nossa meta”.
Analisando
o Evangelho, ela diz que “também nos mostra que João era perseguido, julgado, assim
também como ocorre nos dias de hoje, pois nós somos mensageiros da luz, e a luz
incomoda quem está na escuridão”. Diante disso, afirma que “não devemos temer o
mal, podemos até ser perseguidos, mas sempre teremos Jesus ao nosso lado para
nos fortalecer com o seu Espírito Santo”. Igualmente coloca que “notamos também
que João compara seus perseguidores com víboras, cobras que picam e nos causam
dor, mais é através da oração, do jejum e de nossas práticas que venceremos o
mundo, retribuindo o ódio com amor e oração”.
Analisando
a realidade atual, Conceição Silva mostra que “estamos passando por tempos
sombrios, difíceis, com uma realidade de ódio, de medo, de desamor, e a
nossa reflexão de hoje nos mostra que
cada um de nós cristãos e cristãs somos capacitados para levar a Palavra de Deus
à quem mais precisa, aos moradores de rua, aos ribeirinhos, quilombolas, indígenas,
enfim a todos que se encontram à margem da sociedade, e tenhamos sempre a
certeza que Cristo estará conosco, seja na oração ou com seu Espírito Santo, nos
consolando, resgatando e nos motivando para fazermos a ponte, e assim resgatarmos
a vida, que está sempre em primeiro lugar”.
Finalmente,
ela coloca duas perguntas: Como nós cristãos e cristãs estamos nos preparando
para esse Tempo do Advento? Qual o chamado que estou respondendo: da luz ou das
trevas”. Daí pede “que Jesus seja sempre a nossa luz e que Maria nossa Mãe nos
cubra com seu divino manto, para alcançarmos as graças de sua infinita
misericórdia”.
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