domingo, 12 de fevereiro de 2023

6º Domingo do Tempo Comum: “O revolucionário é fazer o bem até mesmo aqueles que nos desejam o mal”


No 6º domingo do Tempo Comum do ciclo A, Verónica Rubi nos lembra que “cada domingo vamos fazendo uma leitura consecutiva do Evangelho de Mateo”. Três domingos atras, nos lembra a missionária leiga na Diocese de Alto Solimões, “ouvimos que Jesus subiu ao monte com seus discípulos para ensinar-lhes, e lhes deu a conhecer as bem-aventuranças como fundamento principal para a verdadeira felicidade”.

“No domingo passado ouvimos outro ensinamento: ‘vos sois o sal da terra, vos sois a luz do mundo’, destacando a importância de nossas obras, da nossa vida que glorifica ao Pai”, afirma. “Neste domingo continuando os ensinamentos na montanha, Jesus diz que Ele veio para dar pleno cumprimento à Lei e aos Profetas, não porque faça outra interpretação ou explicação das profecias, senão porque Ele mesmo é a plenitude da Lei, Jesus é a Plenitude, ele com sua vida, sua maneira de obrar, suas prioridades, sua atenção aos desfavorecidos, com seus ensinamentos, nos revela o coração do Pai”, segundo a missionária. 

“Nós estamos chamados a segui-lo de perto, para conhecê-lo e aprender dele, e assumindo nosso batismo, ser discipulas- discípulos do Deus conosco e com ele protagonistas do Reino dos Céus”, lembra Verônica. Segundo ela, “nesse momento, no Monte, Jesus também lembra o que diz a Lei: ‘não mataras’, ‘não cometeras adultério’, ‘não jurarás falso’, mais Ele não fica na proibição do que não devemos fazer, do que no está certo, ele se preocupa pelas intenções mais profundas do nosso coração, por ser elas as que motivam nossas ações”.



Jesus “nos chama a reconciliação com quem temos brigado, insultado, mal decido no nosso coração, tenta fazer-nos entender que na Lei de Deus que é o Amor, não adianta só não matar, o revolucionário é fazer o bem até mesmo aqueles que nos desejam o mal”, destaca Verónica Rubi. Ela nos levar a nos questionar: “Alguma vez tenho conseguido responder bem por mal? Procuro a reconciliação explicita ou implícita com aquele que me distanciei?”

Segundo a missionária, “quanto ao adultério, que é romper a relação de fidelidade entre conjugues, Jesus não fica só na relação carnal, também fala do desejo, deixando claro que é a intenção, o impulso, o que estamos chamados a trabalhar, em função do bem, da verdade, da plenitude”. Daí ela se pergunta: “Como estou neste aspecto de minha vida? Consigo trabalhar, modelar meus impulsos ou eles me cegam em busca da satisfação? 

“Por último, fala do valor da palavra dada e nos motiva a viver na Verdade, a dizer as coisas como são, até mesmo se assumir a realidade nos causa problemas”, destaca, nos questionado: “Qual é minha experiencia, vivo na verdade ou vou pelo mundo modificando as situações a minha conveniência? Reconheço que dizer uma coisa por outra é uma mentira, tento trabalhar isso em mim?”. Daí ela lembra: “que seja nosso Sim, Sim, nosso Não, Não”. Isso a faz ver que “ainda temos muito por andar, muito que melhorar, que Jesus nos anime no caminho de discípulas-missionários e nos fortaleça com sua graça para glorificar ao Pai”.

 


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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