Um dia para
lembrar das vítimas do tráfico humano, na data em que a Igreja celebra a festa
de Santa Bakhita, que também foi vítima deste crime. No dia 8 de fevereiro, a
Comissão Episcopal Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH) da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com a Rede
Internacional Talitha Kum, convida a participar da 9ª edição do Dia de Oração e
Reflexão Contra o Tráfico de Pessoas.
O Papa
Francisco instituiu essa data para que as pessoas dediquem um tempo de orações
e reflexões sobre o Tráfico de Pessoas. Em 2023 a proposta é a realização de
uma “Romaria pela Dignidade Humana” (Baixar a celebração em PDF para rezar com sua comunidade). O tema deste ano é “caminhando pela dignidade”, tendo como inspiração
o preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos que define a dignidade
humana como horizonte da liberdade, da justiça e da paz.
Se busca
refletir e rezar pelas vítimas desta violência silenciosa, lembrando Santa
Bakhita, vítima de uma realidade que provoca grande dor e sofrimento, pedindo
que ela interceda pelas vítimas e inspire ações concretas. Dentre essas ações o
Papa Francisco propõe a economia solidária, uma economia de cuidado, que cria
oportunidades, não explora e defende a dignidade das pessoas: “uma economia sem
tráfico de pessoas é uma economia com regras de mercado que promovem a justiça
e não interesses especiais exclusivos”.
Estamos
diante de um crime que em 2022 atingiu 50 milhões de pessoas no mundo, vítimas da
escravidão moderna. As causas são as situações de instabilidade econômica,
política e ambiental, e tem nas mulheres e crianças o grupo de maior
vulnerabilidade, sobretudo em países mais pobres. No Brasil, a situação é
preocupante, pois nos últimos 4 anos o governo brasileiro enfraqueceu os
mecanismos de proteção às vítimas e poucas ações foram realizadas para combater
o crime.
Buscando
refletir sobre essa realidade no país a Comissão de Enfrentamento ao Tráfico
Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil busca caminhar para
reconhecer os processos que induzem milhões de pessoas, especialmente os
jovens, à exploração e ao tráfico de pessoas; caminhar para descobrir os passos
dados diariamente por milhares de pessoas em busca de liberdade e dignidade,
caminhos de cuidado, inclusão e empoderamento; caminhar para promover ações de
enfrentamento do Tráfico que permita redescobrir a dignidade, despertar a
alegria de viver e resgatar a esperança; caminhar para construir uma cultura de
encontro que leve à conversão dos corações e a sociedades inclusivas, capazes
de desmascarar estereótipos e tutelar os direitos de cada pessoa.
Em nosso Regional Norte1, a Rede um Grito pela Vida organiza atividades nas diocese e prelazias em vista de contribuir para que cada pessoa tome consciência da necessidade de se envolver no combate a um crimem que acaba com a dignidade de muita gente.
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