Pentecostes é uma das grandes festas, inclusive podemos dizer que é a grande festa da Igreja de Manaus. No dia em que é comemorado o nascimento da Igreja, milhares de pessoas das comunidades, áreas missionárias, paróquias, pastorais e movimentos se reuniam no sambódromo para celebrar a Festa do Divino Espírito Santo, tendo como lema: “Espírito Santo, ajuda-nos a repartir”.
O lema, inspirado
na Campanha da Fraternidade deste ano, foi uma oportunidade para clamar por
moradia, comida, pão, amor, paz, educação, justiça, lazer, saúde. Uma temática
que cobra maior atualidade diante da ação que a Prefeitura de Manaus realizava
nesta sexta-feira, 26 de maio, deixando sem pertences e documentos a um grupo
de moradores de rua, algo que foi lembrado repetidas vezes durante a homilia
pelo cardeal Leonardo Steiner, que presidiu a celebração eucarística.
Na homilia,
o arcebispo de Manaus começou lembrando o medo dos discípulos, sendo preciso “um
vento que abrisse as portas”, fazendo com que se “espantasse o medo, o temor, o
receio, o medo da morte”, insistindo em que “no momento em que a impetuosidade
do Espírito tomou conta deles, saíram a pregar”, se iniciando assim a Igreja
com o envio desses discípulos que aparece relatado nos evangelhos.
“Com a força
do Espírito esses homens se sentem enviados, e é por causa dessa pregação deles
que nós aqui estamos, nós somos herança da pregação dos apóstolos, nós somos
herança do envio que o Espírito Santo fez”, insistiu o cardeal Steiner. Ele
insistiu na diversidade de línguas em que Jesus foi anunciado, algo que se
repete em nossa Amazônia, “em nossa Amazônia em quantas línguas diferentes é
anunciado o Reino de Deus”.
Se
referindo a uma homilia do Papa Francisco, em que invocava o Espírito como o Paráclito,
o Consolador, aquele que nos acompanha, ilumina e indica os caminhos, lembrando
que o Papa Francisco afirmava que “nós devemos ser hoje os consoladores e
consoladoras, assim como o Espírito é para toda a Igreja, para todas as
comunidades”. Ser consoladores e consoladoras, “não na palavra, não no
discurso, mas na proximidade, na acolhida, na partilha”.
O arcebispo
chamou a “sermos próximos, não distantes”, destacando as muitas coisas que
acontecem de proximidade na Arquidiocese, dentre elas o trabalho com os moradores
de rua, com as pessoas que passam fome, insistindo em que “queremos ser cada
vez mais uma Igreja que partilha, uma Igreja que cada vez mais seja uma Igreja
que consola, não nas palavras, mas na mão estendida, no olhar, na proximidade,
no abraço, no afeto, no amor”. Junto com isso, o Espírito como advogado, como
aquele que nos diz o que temos que fazer, convidando os presentes a termos a
mesma atitude para com os outros.
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