domingo, 28 de fevereiro de 2021

Perdão, Senhor, por não ouvirmos a tua voz na “voz da Amazônia”

 


40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia 

1º DE MARÇO: Segunda-feira da 2ª Semana da Quaresma


PEDIDO DA GRAÇA

No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo:

Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro.

Em especial hoje te peço ... (apresente o seu pedido particular). Amém.


OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA

A ti, Senhor, convém a justiça; e a nós, hoje, resta-nos ter vergonha no rosto: seja ao homem de Judá, aos habitantes de Jerusalém e a todo Israel, seja aos que moram perto e aos que moram longe, de todos os países, para onde os escorraçaste por causa das infidelidades cometidas contra ti.

A nós, Senhor, resta-nos ter vergonha no rosto: a nossos reis e príncipes, e a nossos antepassados, pois que pecamos contra ti; mas a ti, Senhor, nosso Deus, cabe misericórdia e perdão, pois nos temos rebelado contra ti, e não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, indicando-nos o caminho de sua lei, que nos propôs mediante seus servos, os profetas. (Daniel 9, 7-10)

REFLETINDO COM A LAUDATO SI’

O profeta Daniel afirma que ao povo resta sentir vergonha e pedir perdão ao Senhor por não ter ouvido a sua voz, que indica o caminho que devem seguir. São palavras muito atuais quando vemos como fácilmente também nós nos tornamos surdos à voz de Deus, que fala e muitas vezes grita pela voz dos que sofrem e pela “Mãe Terra” (a natureza) agredida. Na preparação do Sínodo para a Amazônia, pudemos perceber que este “é o momento de ouvir a voz da Amazônia e de responder como Igreja profética e samaritana” (IL, 43).

Contudo, isso exige a conversão dos nossos corações e ouvidos, para ouvirmos a voz de Deus falando na e pela Amazônia. Pois, como recorda o Papa Francisco, “quando, na própria realidade, não se reconhece a importância de um pobre, de um embrião humano, de uma pessoa com deficiência – só para dar alguns exemplos –, dificilmente se saberá escutar os gritos da própria natureza” (LS, 117).

 





AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS

Após um momento de silêncio...

À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc.

Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra.

Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria. 


FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA

Se entrarmos em comunhão com a floresta, facilmente a nossa voz se unirá à dela e transformar-se-á em oração. (Querida Amazônia, 56)

Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

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