No 18º Domingo do Tempo Comum somos chamados a refletir
sobre a riqueza, o acúmulo de bens, segundo Conceição Silva. No comentário ao
Evangelho afirma que “na parábola do rico insensato é retratado de forma
negativa, com o exemplo de ganância, o fazendeiro rico estava planejando
preencher a sua alma com banquetes e coisas desnecessárias”.
Segundo a coordenadora das Pastorais Sociais, “não se
importou com todas as barrigas vazias de seus trabalhadores, não percebeu que a barriga dos pobres eram depósitos muito mais seguros que
os novos celeiros que ele acumularia”. Ela destaca que “assim acontece com
quem junta tesouros para si mesmo, acaba morrendo e deixando os filhos e outros
brigarem pelos seus bens”.
Não podemos esquecer, segundo Conceição Silva, “que o
acúmulo de bens, não garante a vida, o importante é ser rico para Deus, através
da justiça, da partilha, da solidariedade para com o próximo”. Por isso, ela
insiste em que “precisamos ser ávidos do amor de Deus que é a maior riqueza que
podemos possuir”. A coordenadora das Pastorais Sociais da Arquidiocese de
Manaus diz que “até esse amor não podemos guardar só pra nós, porque assim
estaremos sendo também interesseiros e gananciosos”.
Frente a isso, Conceição ressalta que “precisamos
levar o amor verdadeiro de Deus aos irmãos”. Segundo ela, “sabemos que é muito
difícil mudar o mundo, não é fácil, principalmente quando você é mulher, pois
apesar de sermos a maioria nas paróquias, ainda não temos o reconhecimento da nossa
importância como cuidadora, consoladora, administradora e principalmente
amorosa com o próximo”.
O texto do Evangelho do 18º Domingo do Tempo Comum “está
nos provocando a uma nova proposta de solidariedade, compaixão e misericórdia”.
Ela lembra as palavras do padre Júlio Lancellotti: “Não é possível comer o
corpo de cristo e não assimilar nada, não mudar nada na sua vida”.
Conceição Silva vê que isso “acontece com quem junta
tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus”. Ela relata várias pistas que
Jesus dá para avançar nesse caminho: “Quem quer ser o primeiro seja o último; é
melhor dá do que receber; o maior é o menor; preserva a vida quem perde a vida”.
Finalmente, faz um chamado a pedir ao Senhor dizendo: “Pai, preserva-me do apego exagerado às riquezas, as quais me tornam insensível as necessidades do meu próximo. Que eu descubra na partilha um caminho de salvação”.
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