“A experiência de duas mulheres em relação com Jesus”, é o que nos relata o Evangelho do XVI Domingo do Tempo Comum segundo Verónica Rubi. A missionária na Diocese de Alto Solimões destaca que “o momento partilhado entre eles nos apresenta três aspectos importantes, como se fossem dicas, para nossa vida de fé, de discipulas missionarias. Essas três dicas são: acolhimento, encontro e doação”.
Sobre o acolhimento, Verónica destaca no texto “que Jesus
entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o na sua casa.
Acolher, receber, é atitude de disponibilidade para com a outra pessoa, quem
acolhe está aberto a o que o outro traz, ao que o outro diz, para acolher
precisamos estar atentes e preparados. Mas acolher não é só questão de abrir
uma porta, ou de entrar em uma casa, a acolhida se pratica principalmente no
plano do coração, na aceitação da vida do outro, da outra, do jeito que é e que
está, sem condicionantes, sem parcelamentos. Acolher pode expressar-se com o
gesto de abraçar, todos temos experiencia do gratificante e reparador que é um
abraço caloroso, bem dado ou bem recebido, no abraço acolhedor recuperamos as
forças”.
Em relação com isso se pergunta: “Como está minha vida em
relação ao acolhimento, de minha família, das pessoas com quem trabalho, dos
desconhecidos? Tenho esta atitude de aceitação ou vou pela vida tentando mudar
tudo mundo segundo meu parecer?”
Falando sobre o encontro, ela destaca “como o que aconteceu
entre Marta, Maria e Jesus, encontro a coração aberto, encontro de vida, de
pessoas que se deram a oportunidade de conhecer-se sem preconceitos, de
ouvir-se na mensagem que cada um tinha para expressar e de deixar-se interpelar
pela vida da outra, do outro. Encontro com bom diálogo, encontro onde se faz presente
o Amor de Deus e toda boa notícia do Evangelho. Encontro que motiva a seguir
adiante, que recarrega energias, que dá sentido à vida”.
Novas perguntas são colocadas pela missionária em relação ao
encontro: “Como vão os encontros com outros na minha vida? Consigo honrar os
encontros inesperados com desconhecidos? Percebo o milagre que acontece quando
vivemos em sintonia de uma fraternidade universal?”
Finalmente, falando sobre a doação, Verónica destaca que “não
tem nada a ver com bens materiais ou com dinheiro. Doação que é a entrega de
nós mesmas, na dinâmica da gratuidade, oferecer o que somos e o que sabemos em
função dos outros. Viver a doação como serviço, como expressão de amor. Doação
que é justo o contrário ao individualismo, doação que gera comunhão, doação
como sinal do Reino de Deus”.
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