sábado, 16 de julho de 2022

Encontro de Jesus com Marta e Maria: acolhimento, encontro e doação


“A experiência de duas mulheres em relação com Jesus”, é o que nos relata o Evangelho do XVI Domingo do Tempo Comum segundo Verónica Rubi. A missionária na Diocese de Alto Solimões destaca que “o momento partilhado entre eles nos apresenta três aspectos importantes, como se fossem dicas, para nossa vida de fé, de discipulas missionarias. Essas três dicas são: acolhimento, encontro e doação”. 

Sobre o acolhimento, Verónica destaca no texto “que Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o na sua casa. Acolher, receber, é atitude de disponibilidade para com a outra pessoa, quem acolhe está aberto a o que o outro traz, ao que o outro diz, para acolher precisamos estar atentes e preparados. Mas acolher não é só questão de abrir uma porta, ou de entrar em uma casa, a acolhida se pratica principalmente no plano do coração, na aceitação da vida do outro, da outra, do jeito que é e que está, sem condicionantes, sem parcelamentos. Acolher pode expressar-se com o gesto de abraçar, todos temos experiencia do gratificante e reparador que é um abraço caloroso, bem dado ou bem recebido, no abraço acolhedor recuperamos as forças”.

Em relação com isso se pergunta: “Como está minha vida em relação ao acolhimento, de minha família, das pessoas com quem trabalho, dos desconhecidos? Tenho esta atitude de aceitação ou vou pela vida tentando mudar tudo mundo segundo meu parecer?” 



Falando sobre o encontro, ela destaca “como o que aconteceu entre Marta, Maria e Jesus, encontro a coração aberto, encontro de vida, de pessoas que se deram a oportunidade de conhecer-se sem preconceitos, de ouvir-se na mensagem que cada um tinha para expressar e de deixar-se interpelar pela vida da outra, do outro. Encontro com bom diálogo, encontro onde se faz presente o Amor de Deus e toda boa notícia do Evangelho. Encontro que motiva a seguir adiante, que recarrega energias, que dá sentido à vida”.

Novas perguntas são colocadas pela missionária em relação ao encontro: “Como vão os encontros com outros na minha vida? Consigo honrar os encontros inesperados com desconhecidos? Percebo o milagre que acontece quando vivemos em sintonia de uma fraternidade universal?”

Finalmente, falando sobre a doação, Verónica destaca que “não tem nada a ver com bens materiais ou com dinheiro. Doação que é a entrega de nós mesmas, na dinâmica da gratuidade, oferecer o que somos e o que sabemos em função dos outros. Viver a doação como serviço, como expressão de amor. Doação que é justo o contrário ao individualismo, doação que gera comunhão, doação como sinal do Reino de Deus”. 

Por isso se questiona: “Na minha vida, consigo viver na dinâmica da doação? Faço algo por amor, para fazer o bem? Custa-me sair de minha zona de conforto para doar-me aos demais?”. Não podemos esquecer que “o convite que recebemos de Marta, Maria e Jesus é este de escolher a melhor parte, aquela que ninguém poderá tirar, a da vivencia e da espiritualidade de nossa fé no encontro com o Senhor”. Por isso, “vamos com coragem a viver a fraternidade!”, conclui a missionária.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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