Manaus está de festa, a Festa da Padroeira, a Festa da Imaculada
Conceição, um tempo para caminhar com Maria e aprender com ela a dizer a Deus
que seja feita em cada um e cada uma de nós sua vontade. É tempo para caminhar
com ela, com a Mãe, para descobrir os caminhos da espera, que no Advento nos
dizem que Deus quer se fazer próximo da gente, que Ele está no meio de nós.
Com Maria vamos descobrindo um modo de ser para Deus, de superar os medos
que nos impedem sair dos nossos planos, de confiar mais e de nos deixarmos
guiar pela voz de quem sempre nos conduz ao bem. Maria nos mostra que a fé nos
da coragem para ir além de onde nossos sentimentos humanos nos falam, que os
medos são superados quando sabemos que Deus está com a gente.
Em Maria
podemos descobrir os rostos de tantas mulheres que enfrentam as dificuldades no
dia a dia. São elas que se tornam instrumento de Deus na vida dos outros, é
nelas que Deus continua se encarnando, se fazendo próximo da vida das pessoas,
orientando com a palavra, com a presença, com o estar junto, ajudando a
encontrar qual é a vontade de Deus na vida de cada um e cada uma.
Maria é uma
mulher comprometida com a vida, com a vida em plenitude e para todos e todas.
Ela sempre apostou e continua apostando na vida e em tudo aquilo que gera vida
em nosso mundo. Uma tarefa que somos chamados a assumir cada um e cada uma de
nós se queremos realmente caminhar com ela. Não podemos esquecer que caminhar
com Maria é assumir seu jeito, seu modo de vida, deixando para trás tudo aquilo
que nos afasta dessa vida em abundância.
É para isso
que caminhamos com ela, como aquele que segue àqueles que nos guiam, que nos
orientam no caminho a seguir. Ir em procissão com Maria é levar ela para vida
social, mostrar que seu exemplo pode ajudar o mundo de hoje a assumir uma
outra maneira de se relacionar no convívio cotidiano, olhando para aqueles com
quem vou me encontrando no cotidiano com o olhar de Deus.
É por isso
que somos chamados a nos questionarmos, quem é Maria para mim? Qual o olhar que
eu tenho para com ela? Como seu modo de olhar a vida vai se tornando uma
referência para mim? Até que ponto suas atitudes influenciam minhas decisões,
meu modo de me relacionar com os outros?
A Festa da
Padroeira é mais uma oportunidade de nos sentirmos Igreja a exemplo de Maria,
de deixar que ele se faça presente em nosso caminhar eclesial, de deixar
transparecer nas ações pastorais tudo o que habita o coração da Mãe. É assim
que vamos nos identificando com a primeira discípula para nos tornarmos
discípulos missionários que testemunham a través de Maria o Deus conosco, o
Deus que estamos nos preparando mais uma vez para enxergá-lo e acolhê-lo de
modo imediato.
Do mesmo
modo que Maria acolheu o Deus encarnado, ela nos desafia a que Ele possa
continuar sendo acolhido. Quando pensamos que isso é complicado pensemos nela,
naquela que nos mostra como superar as dificuldades para que Deus pudesse estar
no meio de nós para sempre. Com Maria, essa é nossa missão hoje.
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