Responder aos sonhos do Papa Francisco na Querida Amazônia,
que diz “sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e de se encarnar
na Amazônia, a tal ponto que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos”,
é a inspiração da Assembleia Sinodal Arquidiocesana de Manaus, convocada pelo
Arcebispo, Dom Leonardo Ulrich Steiner, que tem como fundamento “as Assembleias
Pastorais Arquidiocesanas, o magistério de Papa Francisco, o legado pastoral de
dom Sérgio Eduardo Castriani, [e] o tempo da pandemia” .
Movida pela Palavra, a Arquidiocese de Manaus “sente a
necessidade de partilhar, refletir, discernir e assumir a dinâmica
evangelizadora de modo sinodal”. Esse apelo é fruto dos desafios da realidade
atual, “marcados por novas exigências e apelos aos nossos modelos
evangelizadores, impulsionada pelas orientações do Sínodo para a Amazônia cujos
caminhos apontados devem ser assimilados e aprofundados em nossa caminhada
eclesial”.
A proposta sinodal também está fundamentada nas 10 Assembleias
Pastorais Arquidiocesanas celebradas até o momento, “buscando responder aos
desafios à Evangelização”. Mas também lembra a necessidade de entender que hoje
a missão evangelizadora “só pode ser compreendida numa perspectiva de ecologia
integral”, uma ideia recolhida na Laudato Si´.
Falando sobre a enculturação e a interculturalidade, o
decreto de convocatória da Assembleia Sinodal afirma que a pandemia “tem
levantado questionamentos sobre nossos modelos de evangelização e sobre nossas
estruturas e organização”, enfatizando o crescimento e complexidade na
Arquidiocese de Manaus. Nessa conjuntura, é retomado o chamado da última
Assembleia de Pastoral a ser uma Igreja Sinodal, e a viver uma articulada e
dinâmica comunhão.
O desafio é entrar numa dinâmica de conversão sinodal, que
leve a “novos caminhos eclesiais, sobretudo na ministerialidade e
sacramentalidade da Igreja com rosto amazônico”, seguindo a proposta do
Documento Final do Sínodo para a Amazônia. Estamos diante de um processo de busca
da fraternidade, impulsionado pela “memória pascal de Jesus e de muitos dos
nossos agentes de evangelização que nos deixaram nestes tempos de pandemia,
particularmente a memória missionária de Dom Sérgio Castriani”.
A Assembleia será realizada “segundo um itinerário de preparação partindo das comunidades, setores, Regiões Episcopais, com os devidos encaminhamentos”, e será nomeada “uma Comissão de Coordenação que oferecerá as necessárias orientações quanto a dinâmica de participação, etapas do processo sinodal desta assembleia e conteúdos orientadores”. Ainda não se conhece a data, que “será oportunamente divulgada juntamente com todos os passos do processo sinodal”.
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