sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

“Não se pode aceitar a campanha de sabotagem em torno da vacinação pediátrica”


A vacina das crianças tem gerado uma nova polémica na sociedade brasileira, num país que infelizmente se tornou referência mundial de más práticas no enfrentamento da pandemia da Covid-19. Diante disso o Pacto pela Vida e Pelo Brasil acaba de lançar mais um comunicado onde afirma que “é urgente pensar com lucidez, responsabilidade e profundo sentido ético” em milhões de crianças e adolescentes brasileiros.

O texto mostra a “necessidade de imunização da população infanto-juvenil, como já vem ocorrendo em vários países”. Por isso, os presidentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), denunciam que mesmo sabendo que “a vacinação teria que chegar às crianças”, o que aconteceu foi que “mais uma vez armou-se o circo da insensatez no Brasil, buscando semear o tumulto e afastar o país do seu destino”.

Os assinantes denunciam a tentativa de “minar a confiança dos pais diante do que é correto e inadiável fazer”, criticando as manobras para desacreditar as vacinas, com declarações infundadas, evitando assim o que “é correto e inadiável fazer: vacinar as crianças, garantindo-lhes proteção diante de um agente infeccioso grave”.

O texto coloca em destaque o histórico reconhecimento internacional ao Brasil “pelo seu programa de imunização”. Diante disso, insistem em que “hoje não se pode aceitar a campanha de sabotagem em torno da vacinação pediátrica, no curso de uma pandemia ainda longe de ser controlada, desprezando o direito à vida e à saúde de uma faixa etária com cerca de 69 milhões de brasileiros”, algo inaceitável “no país que, tristemente, tornou-se um dos recordistas de mortes por Covid no planeta - cerca de 622 mil óbitos até o momento, boa parte deles evitável”.

Desde o Pacto pela Vida e pelo Brasil se denuncia que “o Brasil pouco ou nada aprendeu nesses mais de dois anos de luta contra o vírus”. Uma prova disso são as “declarações enganosas de autoridades do governo, na contramão do que tem sido feito pela autoridade sanitária”. O texto denuncia a falha como Nação, que se tenha aberto mão de compromissos éticos e retrocedido no tempo. Diante disso destaca que a sociedade brasileira, ela “escuta o que diz a ciência e assim defenderá o direito à vacina infantil, contra o SARS-CoV-2”.

Diante disso, conclamam “governadores e prefeitos a não poupar esforços para que a imunização pediátrica avance rapidamente pelo país, em grandes mutirões, alcançando todas as crianças, e sem esquecer jamais das que vivem em condição de vulnerabilidade”. O mesmo chamado faz às mães, pais, familiares e professores a exigir “o futuro dos mais jovens”, e a toda a sociedade a “formar conosco um cinturão de lucidez no enfrentamento da pandemia, que esperamos ver superada”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1



Nenhum comentário:

Postar um comentário