Seguindo a tradição da Prelazia Apostólica de Borba, onde a Missa
dos Santos Óleos acontece cada ano em forma de rodizio numa paróquia diferente,
no dia 7 de abril de 2022 foi celebrada na paróquia São Joaquim e Sant´Ana da
cidade de Autazes, com a participação do povo de Deus: clero, Vida Religiosa,
lideranças leigas, seminaristas, acolhidos pelo bispo no início da celebração.
Se trata de uma celebração onde são abençoados os óleos “que
vão ser usados durante o ano nos sacramentos, na unção do povo de Deus”,
lembrou Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva. Também é uma celebração onde os
sacerdotes renovam suas promessas, “eles renovam a missão, a obediência e o
amor à Igreja”, destacou o bispo da Prelazia de Borba, que vê a Missa dos
Santos Óleos como “um momento grandioso, bonito de unidade, de comunhão e participação”.
Dom Zenildo lembrou na homilia do Congresso Bíblico celebrado
recentemente, “que motivou, animou e nos deu uma certeza, nós temos uma força
que vem da Palavra, que deve ser anunciada, a Palavra que cria, recria, a
Palavra de Deus que precisa ser celebrada”. Dentro da sinodalidade, presente na
Igreja, também na Prelazia de Borba, o bispo a vê como aquilo que “nos faz
irmãos e irmãs, que tem coragem de sentar um do lado do outro para escutar os
apelos, as necessidades e as perspectivas pastorais daqui para frente”, uma
Igreja que pensa que o caminho se faz juntos.
Uma Prelazia de Borba reunida pelo amor e pela fé, para
viver um momento eclesial importante e bem visível. Chamada, segundo o bispo, a
viver a sinodalidade a partir da Palavra, mas também a ficar com o essencial a
partir da esperança, a encontrar rumos, estradas, caminhos, a levar a benção de
Deus para a vida cotidiana.
À luz do capítulo 4 do Evangelho de Lucas, proclamado na
celebração, Dom Zenildo chamou a tornar como próprio o projeto de vida de Jesus,
no meio de tantos problemas e desafios, e a partir da Palavra realizar um
anúncio profético, um anúncio da esperança, um anúncio que vai libertar e não
manipular, e não escravizar. O bispo convidou a na Amazônia, no Rio Madeira e
outros rios que fazem parte da Prelazia de Borba, “dar uma resposta eclesial,
dar uma resposta de unção para esses problemas”.
O bispo da Prelazia de Borba chamou os padres a rezar com o
povo e pelo povo, lembrando sua missão assumida “por amor à causa, por amor à
Igreja, por amor ao povo”, como ungidos para curar os corações abatidos, as
ovelhas feridas, machucadas, deprimidas. Uma cura que se faz pela escuta, pela
atenção, pela oração. Finalmente, Dom Zenildo insistiu em que “não podemos
abrir mão de uma Igreja ministerial, uma Igreja missionária, uma Igreja sinodal”.
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