Na Solenidade da Ascensão de Jesus ao Céu, a Ir. Rose
Bertoldo afirma que “temos a certeza de que nosso destino é o Céu e a certeza
de que, na Terra, somos peregrinas, peregrinos, pois acreditamos na eternidade
como vida definitiva".
A Secretária Executiva do Regional Norte1 da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), ressalta que “no Evangelho desse
domingo Jesus despede-se dos discípulos, tem plena consciência de sua missão e
de sua fidelidade ao Pai. Na sua trajetória junto aos discípulos contribuiu
para que eles tivessem consciência da continuidade, da missionariedade, pois a
presença do Reino no mundo dá o sentido para a vida das pessoas, dos cristãos e
cristãs”.
Segundo a religiosa do Imaculado Coração de Maria, “a Ascensão
significa que Jesus está definitivamente na comunhão com o Pai”. Isso a leva a
dizer que “para nós seguidores e seguidoras de Jesus, a Ascensão é abertura
para o cotidiano, para a realidade do serviço. É preciso partir e viver o
chamado do Mestre para prolongar, neste mundo, seu modo de Ser e de Viver”.
A Ir. Rose destaca que “aquele que vive não escapou do mundo; sua Ascensão significa expansão e presença no universo inteiro, plenificando tudo em todos; Ele agora assume todos os rostos, identifica-se com toda a humanidade e continua a caminhar pelas Galileias dos excluídos e excluídas, das periferias, dos pobres, das mulheres, das juventudes, acampa junto aqueles que vivem às margens do sistema que mata e exclui em todas as suas formas”.
Para a Secretária Executiva do Regional Norte1, “ao
celebrarmos a entrada de Jesus na Glória, não celebramos uma despedida ou um
distanciamento, mas um novo modo de presença; celebramos a proximidade radical
d’Aquele que é, realmente, o Emanuel, o Deus-conosco para sempre”. Junto com
isso, “ao ‘subir aos Céus’, Jesus se faz mais radicalmente próximo de todos,
ultrapassando tempo e espaço. Ascensão não é afastamento, mas uma maneira nova
de fazer-se presente a todos e em todos os lugares”.
“O que Jesus faz é restabelecer e assegurar a proximidade e
comunicação com toda a humanidade”, segundo a religiosa. Daí ela insiste em que
“isso deve nos dar uma grande alegria, pois Ele permanece aqui na terra, junto
a nós. Assim, a Ascensão de Jesus nos desafia a romper a estreiteza de nossa
vida para expandi-la a horizontes mais inspiradores”.
A Ir. Rose lembra do Dia Mundial das Comunicações Sociais, comemorado
na Solenidade da Ascensão do Senhor, afirmando que “somos convidadas a escutar com
o ouvido do coração”. Isso porque “a escuta corresponde ao estilo humilde de
Deus. Ela permite a Deus revelar-se como Aquele que, falando, cria a humanidade
à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor”. A religiosa
insiste em que “Deus ama o ser humano: por isso lhe dirige a Palavra, por isso ‘inclina
o ouvido’ para o escutar”. Daí convida a
“que este tempo de presença de Jesus Ressuscitado nos ajude a sermos ouvido que
escuta, pois a escuta é condição da boa comunicação e coração que acolhe”.
Ela também lembra da Semana Laudato Si´, vivenciada de 22 a
29 de maio, lembrando “o sétimo aniversário da encíclica histórica do Papa
Francisco sobre o cuidado da criação Laudato Si´. Escutando e caminhando juntos, renovamos
nosso compromisso socioambiental do cuidado da nossa casa comum”.
Finalmente lembra da Semana de Unidade de Oração pelos Cristãos:
“’Vimos o seu astro no oriente e viemos prestar-lhe homenagem’ é um ‘convite
para trabalharmos juntos’, de modo que possamos construir um futuro ‘no qual
todos os seres humanos possam experimentar a vida, a paz, a justiça e o amor’.
Somos chamadas a ser um sinal de Deus, vivendo de forma concreta a unidade na
diversidade”, afirma a religiosa.
“A benção de Jesus aos Apóstolos alcança a nós que agora
vivemos, e ela é envio em missão”, destaca a Secretaria Executiva do Regional
Norte1. Segundo ela, “olhar para sua subida ao céu significa que isso também
nos será possível se fizermos o que Ele nos mandou, se andarmos em seu caminho”.
Por isso, “na espera da vinda do Espirito Santo é hora de caminhamos na
fraternidade, no amor, na sinodalidade como comunidade eclesial que sonha tempos
melhores para toda humanidade”, conclui a Ir. Rose Bertoldo.
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