Em 2015, o Papa Francisco escreveu sua primeira
Encíclica: “Laudato Si´”, um texto que pretendia refletir sobre o cuidado da
Casa Comum, e fazer isso além dos muros da Igreja, em diálogo com a sociedade,
uma atitude fundamental para fazer realidade esse cuidado.
Para lembrar da importância dessa Encíclica e dos ensinamentos
que ela encerra foi criada a Semana Laudato Si´, que em 2022 acontece de 22 a
29 de maio. A realidade planetária em questões meio ambientais é cada vez mais
complicada, até o ponto de ter que concordar com uma afirmação lida
recentemente que diz: “Se o Planeta Terra fosse uma pessoa, provavelmente hoje
estaria deitado em alguma cama de hospital com intravenosa de morfina no braço
para aliviar as muitas e atrozes dores que o afligem”.
Na Amazônia, em Manaus, poderíamos dizer que a
realidade é ainda mais preocupante, até o ponto de poder afirmar que: Se a
Amazônia, se Manaus, fosse uma pessoa, com certeza estaria na UTI. Os efeitos
do garimpo, do desmatamento, das queimadas, do lixo, são cada dia mais
evidentes. A enchente dos rios e igarapés que cortam a cidade de Manaus mostram
que o lixo tomou conta da cidade, uma imagem dantesca, que deve nos levar a
refletir.
Cada um de nós e todos juntos como sociedade somos
desafiados a nos perguntarmos o que estamos fazendo errado para ter chegado nessa
situação. O lixo que polui até limites absurdos os nossos rios é meu, é seu, é
de todos nós. Não estamos dispostos a assumir uma mudança radical de hábitos,
não queremos nem saber de conversão ecológica. Inclusive nós, cristãos
católicos, inclusive aqueles que dizemos admirar as palavras, gestos e atitudes
do Papa Francisco, deixamos a Laudato Si no estante e esquecemos que suas
palavras devem se transformar em atitudes concretas.
Quando vamos tomar consciência de que a
responsabilidade pelo cuidado do Planeta é nossa? O que adianta exigir
responsabilidades do poder público se eu não estou disposto entrar no caminho
da conversão ecológica? Quando vamos enxergar que nossas atitudes, mesmo
aquelas que a gente faz por instinto, muitas vezes são contrárias ao necessário
cuidado da Casa Comum?
O respeito pela obra do Criador deveria ser um
elemento fundante na vida de todos aqueles que professamos a fé N´Ele. A atual
realidade nos desafia a assumir essa atitude e tomar postura no campo da
política, da economia, do relacionamento com os outros. Nosso compromisso é
fundamental para uma mudança cada vez mais urgente e necessária. Tudo aquilo
que a gente faz, por pequeno que seja, representa um passo a mais ou a menos no
caminho do cuidado da Casa Comum.
Seja consciente que isso aí tem a ver com você, não
fique se fazendo de desentendido, não queira carregar só nas costas dos outros
uma missão que também é sua. Se hoje estamos aqui é pelo compromisso que nossos
antepassados tiveram no cuidado do ambiente. Será que para você não é
importante que seus descendentes possam dizer no futuro a mesma coisa?
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
Qualquer palavra diante disso é estrangulada na garganta. Quanta tristeza! Que vergonha pertencer a essa raça de seres des-umanos. De minha parte, de meus filhos e netas -- é questãi cultural: a gente preserva, recicla, cuida, ama. Quantas vezes saímos às ruas catando garrafas plásticas, copos descartáveis e tudo que é porcaria que jogam no chão? Do alimento à roupa que vestimos, de como nos locomovemos, tudo é ecológico ou não. Das atitudes cotidianas responsáveis ou não é que ajudamos a construir ou destruir nossa Casa Comum. É preciso mais...muito mais!🌾🌼🌱
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