domingo, 10 de julho de 2022

9º Festival de Cultura e Musica Indígena do EWARE mostra a riqueza do povo Ticuna


Valorizar a cultura é um dos objetivos da Igreja na Amazônia, uma proposta que cobrou um impulso maior com o Sínodo para a Amazônia. O povo ticuna, que habita a região da Tríplice Fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, realizou mais uma vez, durante a última semana, o Festival de Cultura e Musica Indígena do EWARE.

O 9º FIE, onde participaram 34 comunidades da Região do Alto Solimões, desde o município de Santo Antônio do Iça até a Colômbia, contando com a presença de caciques e representantes do poder público municipal, foi voltado para a ecologia e foi uma oportunidade para mostrar a importância do cuidado da Casa Comum, mas também de mostrar o protagonismo, responsabilidade e talentos dos povos indígenas.

O encontro, que contou com a cobertura da Rádio Nacional do Alto Solimões e a Rádio Indígena A’uma, foi mostrando a cultura de cada uma das comunidades participantes em seus cantos, danças e apresentações. Também foi momento para realizar a Assembleia Geral dos Caciques do EWARE I e EWARE II, que ao longo do encontro, que teve como lema: “Vamos lutar juntos”, buscaram como proteger sua terra sagrada e promover a vida a través da natureza e das culturas.



Elementos presentes na cultura indígena foram utilizados ao longo do encontro: arco e flecha, zarabatana, corrida com toras... Homens e mulheres de todas as idades revelaram suas habilidades, também naquilo que sempre esteve presente na vida do povo, como acender o fogo sem fósforos, e outras realidades, que mesmo não sendo mais cotidianas, querem ser preservadas pelo povo ticuna.

Insistindo na necessidade de uma forte conscientização sobre a ecologia integral, sobre a preservação da cultura indígena, sobre a conscientização em contra das drogas e do alcoolismo, especialmente entre os mais jovens, o 9º Festival de Cultura e Musica Indígena do EWARE foi encerrado. Os organizadores destacam que foi um grande ajuri, um momento de encontro e trabalho em comum, mas também uma celebração marcada pela fraternidade e a união.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 - Com informações do Blog Belém do Solimões

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