No dia 23 de agosto, a Conferência Eclesial da Amazônia
(CEAMA) realizou virtualmente sua Segunda Assembleia Ordinária, um momento para
informar sobre os Estatutos, que o Cardeal Pedro Barreto vê como uma boa oferta
ao Papa Francisco, à Igreja da Amazônia e à Igreja universal.
Um momento para apostar no germinal, indicou o presidente da
CEAMA, usando as palavras de Benjamín González Buelta. O Cardeal Barreto chamou
a descobrir o tempo de graça que estamos vivendo como Igreja da Amazônia e
Igreja Universal, neste tempo sinodal, que leva à realização da "caridade
pastoral de Cristo na Amazônia". Neste sentido, ele destacou a importância
do Celam, da CLAR e da Cáritas da América Latina e do Caribe.
O cardeal peruano recordou as palavras do Papa Francisco
para consolidar a CEAMA, algo que o Santo Padre apontou em suas palavras para a
última assembleia. Seu presidente lembrou que a CEAMA se reunirá com o Papa
Francisco em 2 de setembro, quando os Estatutos serão apresentados ao Santo
Padre. Estes Estatutos são inéditos, salientou o cardeal, já que estamos
tratando da primeira conferência eclesial, algo que tem suas raízes na Lumen
Gentium e que foi um dos pedidos do Documento Final do Sínodo para a Amazônia.
Os Estatutos refletem a espiritualidade do Concílio Vaticano
II, insistiu o Cardeal Barreto, uma dimensão sinodal presente na vida da Igreja
desde seus primeiros passos. Os Estatutos já incluem os elementos presentes na
Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, e respondem a uma identidade
eclesial e não apenas episcopal.
Durante a Assembleia, o Cardeal Barreto apresentou aos
participantes o novo esboço dos Estatutos, destacando que "a CEAMA assume
os quatro sonhos do Papa Francisco na Querida Amazônia", e junto com ela
seu caminho comum e relação fraterna com a REPAM, Celam, CLAR, Cáritas América
Latina e as Conferências Episcopais e Igrejas particulares que fazem parte do
território amazônico. Por esta razão, ele enfatizou que a CEAMA é "uma
expressão do alegre Magistério do Papa Francisco".
O texto descreve tudo o que está subjacente à existência da
Conferência Eclesial da Amazônia, bem como os passos que pretende dar para
avançar na implementação prática dos desafios decorrentes do Sínodo para a
Amazônia. Tudo isso no espírito da Praedicate Evangelium, algo em que o
presidente da CEAMA insistiu repetidamente.
O Cardeal Barreto também destacou as referências à Querida
Amazônia e ao Documento Final do Sínodo para a Amazônia, insistindo que a
eclesialidade, o Povo de Deus, está muito presente.
As palavras do Cardeal deram lugar às intervenções dos
participantes da Assembleia, que contribuíram com o que deveria estar presente
nos novos Estatutos. O Cardeal peruano destacou que a segurança não está no
jurídico, mas no que o Espírito traz, no horizonte eclesial da sinodalidade, e
que ele vê os Estatutos como um dom de Deus para a Igreja.
Mais um passo que leva à descoberta de que o Sínodo para a
Amazônia continua a avançar e se tornar mais concreto na vida da Igreja e dos
povos, que está ganhando em maturidade. Uma mudança de mentalidade eclesial,
que tem no Papa Francisco um de seus grandes promotores e que, através desta
nova estrutura, pode mudar a vida pastoral da Igreja, com a participação cada vez
maior dos leigos e das mulheres.
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