Ministros da
Palavra, padres, bispos e inclusive cardeais atacados dentro das igrejas em
plena celebração, nas ruas, nas redes sociais, por defender os pobres, a
democracia e um Brasil para todos e todas, com um Estado ao serviço daqueles
que mais precisam...
Poderia ser uma
boa trama para um filme, mas infelizmente são situações reais, que estão
acontecendo atualmente. Pessoas que entram nas igrejas, buscando qualquer
oportunidade para fazer escândalo e provocar altercados envolvendo todo tipo de
religiosos, inclusive cardeais, inclusive aqui em Manaus.
A gente se depara
com situações hilárias, até o ponto de ver escrito nas redes sociais e outros
meios de comunicações insultos contra o Cardeal Arcebispo de São Paulo Dom
Odilo Scherer, chamando-o de comunista pelo fato de se trajar com vestes
vermelhas, vestes que fazem parte dos paramentos próprios de todos os cardeais
do mundo, também os brasileiros.
O pior de tudo é
ver que esses ataques são proferidos na maioria dos casos por “católicos”, ou
por gente que se acha “os verdadeiros, únicos e autênticos católicos”. Pessoas
que colocam as ideologias além do Evangelho, uma Palavra de Deus que eles usam
para justificar atitudes que os distanciam de Deus, no mínimo do Deus
encarnado, que sendo o primeiro se coloca o último, que sendo rico se faz pobre
e pequeno e escolhe nascer e viver no meio dos pobres, enfrentando abertamente
e acima de tudo atitudes farisaicas daqueles que pensam ser melhores do que os
outros.
Como falar de
comunhão, de sinodalidade, de caminhar juntos, de diálogo, em uma Igreja onde
esse tipo de atitudes se faz presentes? Em que Deus acredita quem tem essas
atitudes? Como restaurar o conceito de igreja, que não podemos esquecer que
significa comunidade, diante dessa realidade?
Estamos diante de
uma doença que vai se introduzindo em todos os níveis de Igreja, em muitas
comunidades, em todas as idades, inclusive em coroinhas que mostram sua
preocupação diante um fenómeno que nem eles mesmos sabem o que é: o comunismo.
Na cabeça desse povo é comunista o Papa Francisco, bispos, padres, religiosas,
ministros e ministras, e assim por diante. Uma lista interminável de pessoas
que fazendo parte da mesma Igreja tem que ser combatidas, inclusive eliminadas,
em nome de uma ideologia que obnubila a mente e endurece o coração.
Ser cristão é
outra coisa, ser católico é estar aberto à universalidade, às diferenças de
raças, pensamentos, estar do lado dos vulneráveis e descartados. O cristianismo
não é uma religião excludente, pois tem como mandamento primeiro e fundamental
o amor a Deus e ao próximo. Sempre é bom lembrar das palavras de São João da
Cruz: "Ao entardecer da vida serás examinado no amor".
Essa afirmação
sempre fez sentido, mas atualmente, no Brasil de hoje, esse sentimento de amor
tem que ser princípio que fundamente o relacionamento humano, e ainda mais o
relacionamento cristão. Chega de lavagem de cérebro que faz com que as pessoas
percam aquilo que as diferença dos animais: a inteligência e a capacidade de
raciocínio.
Parabéns, meu amigo! Disse tudo e muito mais :" Em que Deus acredita quem tem essas atitudes!" Misericórdia, Senhor !!
ResponderExcluirMuito bem colocada sua palavras Sr. Luiz Miguel Modino, infelizmente está é a realidade que nós vemos hoje.
ResponderExcluirQue maravilha de texto!
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