A Paróquia
Divino Espírito Santo de Manaus acolheu na noite do dia 1º de outubro, Festa de
Santa Terezinha do Menino Jesus e padroeira das Missões, a ordenação diaconal do
seminarista Matheus Marques da Costa. Na paróquia onde cresceu em sua fé e no
início do Mês Missionário, um elemento muito presente na caminhada vocacional
do novo diácono.
O Cardeal
Leonardo Steiner, presidente da celebração, começou destacando a importância do
momento para a Arquidiocese de Manaus, “tão necessitada de tantos ministérios,
que deseja cada vez mais ser uma Igreja missionária que leva a Jesus, anuncia a
Jesus, e ao anunciar a Jesus vive Jesus testemunhando a sua mensagem, o seu
Reino”, pedindo para a Igreja de Manaus “a graça da missionariedade, sermos uma
Igreja missionária”.
Chamados a
um ministério do qual não nos apossamos, “apenas o colocamos em favor dos
necessitados e aflitos, atormentados na vida”, segundo o purpurado, que
insistiu em que “somente os pequeninos, os necessitados é que percebem as
revelações de um amor sem limites. Ele insistiu em que “na celebração da
ordenação diaconal somos sempre lembrados da graça de servir, que poder, autoridade
na Igreja significa servir”, fazendo ver o chamado do Papa Francisco a que na
Igreja prevaleça “a lógica do abaixamento”, a entender que “os diáconos são os guardiões
do serviço na Igreja”, os guardiões do verdadeiro poder. E junto com isso
perceber que “o diácono não é meio-padre ou padres de segunda categoria, nem
acólitos de luxo”, e sim “o servo atencioso que trabalha a fim de que ninguém seja
excluído”.
Dom
Leonardo lembrou do texto escolhido pelo diácono Matheus: “Ele viu e teve
compaixão”, um texto que “sempre nos comove e desperta para nossa missão e
ministério”. Segundo o Arcebispo de Manaus, “o ver desperta compaixão, mexe com
as entranhas, desmonta, torna proximidade, faz-se próximo”, ressaltando que “quando
se é tomado pela compaixão, não existem justificativas”. Ele fez um chamado a “servir
sem olhar aquém, servir, sem saber de raça, religião, cor, ideologia, sem saber
do passado, do futuro, da pertença”, vendo o diaconado como “seguimento, correr
com Jesus, imolar-se como Jesus”.
Ao novo
diácono, seu arcebispo lhe disse: “conhecerás a Jesus e seu Evangelho quando no
exercício benevolente da diaconia, do serviço livre e benévolo. Conhecerás a
Deus quando tocado pela humanidade ferida e desvalida. Conhecerás Deus quando
cuidardes as feridas com o óleo da benevolência e vinho das núpcias. Conhecerás
Deus e sentirás a alegria interior, quando os espíritos da violência, da
destruição, da desfraternidade forem afastados”.
“Parte de um
processo de envolvimento com Mistério do chamamento”, de um Deus que por
misericórdia lhe chamou para ser continuador da missão de Jesus. Assim vê o
novo diácono sua ordenação, que pedia “sensibilidade para ver e para sentir
compaixão, ver as muitas injustiças que os poderosos deste mundo impõem sobre
os últimos”. Em suas palavras agradeceu sua família e à Igreja de Manaus,
lembrando as palavras de Dom Leonardo, em que afirmou que “desejamos ser uma Igreja
viva, de comunhão, de participação, uma Igreja onde todos anunciam o Reino de
Deus”, para o que ele se colocou à disposição.
Na Igreja
de Manaus ao Seminário São José e as paróquias, áreas missionárias, pastorais
onde ele passou no seu tempo de formação. Mas também muitos nomes que fizeram parte
desse tempo, pessoas que “testemunharam com a vida, a missão e a felicidade da
disponibilidade”, citando as palavras de Dom Sérgio Castriani.
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