domingo, 2 de outubro de 2022

Ordenação diaconal de Matheus Marques da Costa: mais um “guardião do serviço na Igreja”


A Paróquia Divino Espírito Santo de Manaus acolheu na noite do dia 1º de outubro, Festa de Santa Terezinha do Menino Jesus e padroeira das Missões, a ordenação diaconal do seminarista Matheus Marques da Costa. Na paróquia onde cresceu em sua fé e no início do Mês Missionário, um elemento muito presente na caminhada vocacional do novo diácono.

O Cardeal Leonardo Steiner, presidente da celebração, começou destacando a importância do momento para a Arquidiocese de Manaus, “tão necessitada de tantos ministérios, que deseja cada vez mais ser uma Igreja missionária que leva a Jesus, anuncia a Jesus, e ao anunciar a Jesus vive Jesus testemunhando a sua mensagem, o seu Reino”, pedindo para a Igreja de Manaus “a graça da missionariedade, sermos uma Igreja missionária”.



Na homilia, ao falar sobre a volta dos setenta e dois que tinham sido enviados, o Arcebispo destacou sua alegria, seu sentimento de realização. “Enviados e enviadas por um Amor procurante, livre, generoso. Esse amor que envia, mas antes de enviar chama”, destacou o Cardeal Steiner, que destacou que “na nossa vocação e ministério experimentamos essa benevolência de sermos buscados, chamados e enviados”, algo que acontece com os “pequeninos, os de coração simples, sem dobras”.

Chamados a um ministério do qual não nos apossamos, “apenas o colocamos em favor dos necessitados e aflitos, atormentados na vida”, segundo o purpurado, que insistiu em que “somente os pequeninos, os necessitados é que percebem as revelações de um amor sem limites. Ele insistiu em que “na celebração da ordenação diaconal somos sempre lembrados da graça de servir, que poder, autoridade na Igreja significa servir”, fazendo ver o chamado do Papa Francisco a que na Igreja prevaleça “a lógica do abaixamento”, a entender que “os diáconos são os guardiões do serviço na Igreja”, os guardiões do verdadeiro poder. E junto com isso perceber que “o diácono não é meio-padre ou padres de segunda categoria, nem acólitos de luxo”, e sim “o servo atencioso que trabalha a fim de que ninguém seja excluído”.



Dom Leonardo lembrou do texto escolhido pelo diácono Matheus: “Ele viu e teve compaixão”, um texto que “sempre nos comove e desperta para nossa missão e ministério”. Segundo o Arcebispo de Manaus, “o ver desperta compaixão, mexe com as entranhas, desmonta, torna proximidade, faz-se próximo”, ressaltando que “quando se é tomado pela compaixão, não existem justificativas”. Ele fez um chamado a “servir sem olhar aquém, servir, sem saber de raça, religião, cor, ideologia, sem saber do passado, do futuro, da pertença”, vendo o diaconado como “seguimento, correr com Jesus, imolar-se como Jesus”.

Ao novo diácono, seu arcebispo lhe disse: “conhecerás a Jesus e seu Evangelho quando no exercício benevolente da diaconia, do serviço livre e benévolo. Conhecerás a Deus quando tocado pela humanidade ferida e desvalida. Conhecerás Deus quando cuidardes as feridas com o óleo da benevolência e vinho das núpcias. Conhecerás Deus e sentirás a alegria interior, quando os espíritos da violência, da destruição, da desfraternidade forem afastados”.



“Parte de um processo de envolvimento com Mistério do chamamento”, de um Deus que por misericórdia lhe chamou para ser continuador da missão de Jesus. Assim vê o novo diácono sua ordenação, que pedia “sensibilidade para ver e para sentir compaixão, ver as muitas injustiças que os poderosos deste mundo impõem sobre os últimos”. Em suas palavras agradeceu sua família e à Igreja de Manaus, lembrando as palavras de Dom Leonardo, em que afirmou que “desejamos ser uma Igreja viva, de comunhão, de participação, uma Igreja onde todos anunciam o Reino de Deus”, para o que ele se colocou à disposição.

Na Igreja de Manaus ao Seminário São José e as paróquias, áreas missionárias, pastorais onde ele passou no seu tempo de formação.  Mas também muitos nomes que fizeram parte desse tempo, pessoas que “testemunharam com a vida, a missão e a felicidade da disponibilidade”, citando as palavras de Dom Sérgio Castriani.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação Norte1

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