sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Prelazia de Borba acolhe X Experiência Missionária do Seminário São José: “Uma missão edificante para as comunidades”


A formação dos futuros presbíteros envolve diferentes elementos. No Documento Final do Sínodo para a Amazônia, que neste mês de outubro está completando 3 anos, se afirma a necessidade de “oferecer aos futuros presbíteros das Igrejas da Amazônia uma formação de rosto amazônico, inserida e adaptada à realidade, contextualizada e capaz de responder aos numerosos desafios pastorais e missionários”.

Segundo o Documento Final “os centros de formação para a vida presbiteral  e consagrada devem ser inseridos, preferencialmente, na realidade amazônica, com vistas a favorecer o contato do jovem amazônico em formação com sua realidade enquanto se prepara para sua futura missão, garantindo assim que o processo de formação não se afaste do contexto vital das pessoas e de sua cultura, além de oferecer a outros jovens não amazônicos a oportunidade de participar de sua formação na Amazônia, fomentando assim vocações missionárias”.

São elementos presentes no Seminário São José da Arquidiocese de Manaus, onde são formados os futuros presbíteros das igrejas particulares do Regional Norte1. Nesta semana, de 16 a 22 de outubro, os seminaristas, acompanhados por outros missionários de diferentes pastorais, estão participando da X Experiência Missionária do Seminário São José, que acontece na região da Forania São Marcos da Prelazia de Borba, nas paróquias São João Batista no distrito do Axinim, Santo Antônio, Cristo Rei e Nossa Senhora Aparecida da cidade de Borba.



Eles saíram de Saíram de Manaus dia 15, chegaram em Borba no dia 16, onde foram acolhidos nas paróquias com a celebração de abertura da experiência missionária. Neste próximo sábado à noite será realizada a missa de encerramento, presidida por Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, Bispo da Prelazia de Borba. No domingo, sem dúvida animados pela experiência, será a volta para Manaus, alegres pela missão, “um impulso para a Prelazia, para os agentes de pastoral e para as comunidades”, segundo Ademir Jackson.

O Coordenador de Pastoral da Prelazia de Borba vê a experiência missionária como “uma graça de Deus depois de termos vivenciado esses tempos tão difíceis que foi a pandemia”. Um tempo em que “as nossas comunidades ficaram mais isoladas sem a nossa presença, principalmente as mais longínquas”.

Segundo Ademir, essa é “uma grande oportunidade da presença, da escuta, da animação na fé e da orientação pastoral”. Junto com isso, o Coordenador de Pastoral destaca que “é um acontecimento eclesial, porque se trata de uma ação da Igreja que é comunhão, participação e missão, com a presença das igrejas do nosso Regional, a presença dos leigos e leigas, das congregações. Uma grande força missionária”, que está sendo uma oportunidade para visitar as comunidades indígenas, ribeirinhas e as comunidades urbanas.



Um dos participantes da missão é o seminarista André Lincoln Silva Braga, do segundo ano de Teologia. O Seminarista da Arquidiocese de Manaus está junto com mais um seminarista e duas leigas na região do Arapapá e Carapanatuba, no Rio Madeira, uma região onde a presença do garimpo marca a vida do povo da região.

André Lincoln destaca a alegria com que as famílias têm recebido os missionários durante a semana, onde as visitas e as celebrações têm marcado a missão. “Uma missão edificante para as comunidades, segundo o seminarista, “comunidades fervorosas na fé”, onde a maioria do povo faz parte da Igreja católica.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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