A Liturgia da Palavra desta última
semana foi um convite a olharmos para a finitude dos tempos, nos lembra a Ir.
Cidinha Fernandes em seu comentário para o Primeiro Domingo do Advento. “Como
pessoas humanas, muitas vezes temos dificuldade em lidar com o fim de um tempo,
de uma era, de uma fase da nossa vida, com a morte. Queremos tornar eterno o
que não foi feito para durar. E quando nos deparamos com o banzeiro, as
tempestades, os vulcões provocados pelas mudanças, as perdas, muitas vezes
choramos, nos desesperamos, e até brigamos com Deus. Tudo isto é muito humano e
precisamos acolher como parte de nós”, afirma a religiosa.
Segundo a missionária na Diocese de São
Gabriel da Cachoeira, “o que não podemos é parar nisto, precisamos seguir em
frente, dar novos passos. Como está na leitura do profeta Isaías precisamos
olhar para o ponto mais alto, subir aos montes do Senhor, a casa de Deus para
que Ele nos mostre o Caminho e nos ensine a cumprir seus preceitos”. A Ir. Cidinha destaca que “ao experienciarmos
Deus podemos contemplar uma mudança: as espadas em arados, as lanças em foices,
a ausência das armas, das guerras e das batalhas”. Por isso recebemos um
convite: “Vinde, todos da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor!”
Em relação com a segunda leitura, “a carta
de São Paulo aos Romanos nos alerta para o tempo que estamos, a necessidade de
despertar, pois a salvação está mais perto de nós, o dia vem chegando, vistamos
as armas da luz, sejamos pessoas da luz, vencendo nossos instintos que nos levam
para a bebedeira, a comilança exagerada, as orgias e imoralidades, brigas e
rivalidades para sermos pessoas revestidas do Senhor Jesus, o que quer dizer,
sermos seus discípulos”, destacou a religiosa.
Na passagem do Evangelho de Mateus, “Jesus
fala sobre a vinda do Filho do Homem, antes dele as pessoas viviam o seu
cotidiano, sem se atentar para sua presença. O convite é para estarmos atentos
porque não sabemos o dia em que o Senhor virá. Ele usa uma metáfora, se o dono
da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria
que sua casa fosse arrombada. Daí nos vem um alerta, ficai preparados!”
Em relação ao Primeiro Domingo do Advento, ele “nos convoca a estarmos em oração e
vigilância, isso tanto em nossas vidas pessoais, na comunidade e no mundo. Precisamos ser pessoas anunciadoras de vida, esperança de
um novo tempo”, afirma a Ir. Cidinha. Daí a religiosa pede “que possamos
abrir o nosso corpo, o coração para o novo que se anuncia. Deixemo-nos nos
encantar pela vida, sejamos vigilantes para que as trevas, a desesperança, o
medo, a intolerância, a dor não nos tire a possibilidade de crer e lutar por um
mundo em que Jesus seja o centro de nossas vidas”.
Junto com isso, ela pede “que a luz da
primeira vela se acenda dentro de nós para esperar em vigilância o novo que vem
com o nascimento do Menino Jesus que aguardamos. Sejamos pessoas iluminadas!”
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