Neste trigésimo terceiro domingo do Tempo Comum “somos convidadas a não ter medo a seguirmos no firme propósito de trabalhar pela justiça e pela paz, pois vivemos tempos fecundos de esperança”, segundo a Ir. Rose Bertoldo. Ela destaca que “a Liturgia nos encoraja a não ter medo, a esperançar, já nos anuncia o profeta, pois percebe que a situação em que o povo vive não é nada boa”.
“O profeta denuncia todas as formas de injustiça e anuncia uma mensagem de esperança: ‘o sol da justiça se levantará para os justos, trazendo a salvação’”, afirma a religiosa. Segundo ela, “Deus conduz a história e acompanha nosso caminhar, que sem dúvida é permeado por muitas dificuldades”.
Citando o texto do Evangelho: “Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”, a Secretária Executiva do Regional Norte1 afirma que “o texto descreve o que estamos vivendo: guerras, perseguições dos defensores de direitos, aumento da fome, das violências, miséria, desemprego...”. A Ir. Rose destaca que “o Evangelho nos mostra que perseguições e oposições fazem parte do caminho de todos aqueles que buscam ser fiéis discípulos de Jesus. Ele nos fortalece e nos anima para reagirmos e não nos acomodar, buscar meios para transformarmos as situações de morte e reconstruir a vida na luta pelos direitos, pela dignidade e vida plena”.
Refletindo sobre o texto, a religiosa diz que “quando seguimos Jesus, vamos descobrindo que permanecem ainda muitos muros visíveis e invisíveis por derrubar; é preciso entrelaçar mãos que construam pontes de reconciliação e não de divisão; essas mesmas mãos que, em lugar de empunhar armas, devem pegar em martelos para derrubar as paredes do ódio e da intolerância”.
A Secretária Executiva do Regional Norte1 da CNBB faz um chamado a que “não esqueçamos esta dura realidade: também aqueles que constroem muralhas acabam se tornando vítimas de sua sandice; tornam-se prisioneiros das fortalezas que constroem, vítimas do próprio veneno da soberba e da crença de que são donos da verdade. Tudo isso é expressão de um coração petrificando que insiste na cega ignorância de que estão certos”.
Diante disso, a Ir. Rose faz vez que “somos convidadas a fortalecer a construção de pontes que unem sonhos de tempos melhores, onde a solidariedade, a partilha nos movem ao encontro das multidões que foram descartadas dos seus direitos”.
A religiosa comenta sobre o Dia Mundial dos Pobres, instituído no dia 20 de novembro de 2016 pelo Papa Francisco dizendo: “Este dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.
Citando a sua mensagem para este ano, ela lembra que o Papa Francisco escolheu o versículo bíblico: “Jesus Cristo fez-Se pobre por vós” (cf. 2 Cor 8, 9), “uma sadia provocação para nos ajudar a refletir sobre o nosso estilo de vida e as inúmeras pobrezas da hora atual”. Diante disso a religiosa pede “que possamos neste tempo viver a solidariedade que é partilha do pouco que temos com quantos nada têm, para que ninguém sofra”.
Finalmente, a Ir. Rose destaca que “quanto mais cresce
o sentido de comunidade e comunhão como estilo de vida, tanto mais se
desenvolve a solidariedade e o compromisso com os mais pobres”, pedindo “que
este Dia Mundial do Pobre se torne uma oportunidade de graça, que nos ajude a
sermos mais humanas e cuidadoras da vida”.
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