A Constituição
brasileira de 1988, que ninguém pode esquecer ainda está vigente no país,
define a nação brasileira como uma democracia. Nesse sistema político, os
representantes públicos são eleitos nas urnas, sendo escolhidos para o poder
executivo os mais votados.
Um país que não
respeita a vontade da maioria expressada nas urnas se torna uma ditadura, um
regime que o Brasil padeceu durante 20 anos, mas que alguns pretendem instaurar
de novo, ao menos nas ruas, onde atitudes ditatoriais, que querem impor a
vontade de uma minoria, estão se fazendo de novo presentes nos últimos dias,
inclusive com o apoio ou tolerância daqueles que hoje assumem o poder
executivo.
Um país cresce quando caminha unido, quando procura construir pontes, quando o diálogo se torna atitude presente na vida do povo e das instituições. A sociedade, que deve ter como base a política melhor, um desafio que o Papa Francisco coloca em sua última encíclica, a Fratelli tutti, é desafiada a procurar um caminho comum. O Santo Padre faz um chamado a “caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum”.
Uma realidade que
no Brasil só vai se tornar algo presente na medida em que todos os cidadãos
assumam a reconciliação, que segundo a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, é “essencial ao novo ciclo que se abre”. Nossos bispos afirmam que “agora,
todos, indistintamente, precisam acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que
alcançaram êxito nas urnas”.
A fiscalização dos
trabalhos do poder executivo e legislativo deveria ser uma preocupação presente
na vida de todo cidadão. O problema é que a ideologia sempre fala mais alto do
que a cidadania. O verdadeiro cidadão não se interessa pela política só em
tempo de eleição, pois fazer realidade um mundo melhor para todos tem que ser
algo cotidiano, constante, que tem que involucrar a todos, também quando o
poder executivo e legislativo é assumido por aqueles em quem a gente votou.
É tempo de olhar
para frente, de assumir a democracia como expressão da política melhor, de
respeitar a vontade da maioria, de não querer impor pela força nosso modo de
entender a sociedade. É tempo de construir um Brasil sustentado na cultura da
paz e do respeito. É tempo de continuar construindo um Brasil onde todo mundo
seja visto e tratado como gente, onde o cuidado pelo público, do que é comum a
todos, se torne prioridade. Para isso é preciso que todos assumam essa
necessidade. Só assim o Brasil vai voltar a ser um país de irmãos e um orgulho
para quem dele faz parte.
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