sábado, 3 de dezembro de 2022

Conceição Silva: “Gritar no deserto significa pregar a Palavra onde ela é proibida”


No Segundo Domingo do Advento, Conceição Silva reflete sobre a passagem do Evangelho de Mateus que faz parte da Liturgia da Palavra desse dia, uma leitura que “nos mostra que João foi o escolhido naquele tempo para anunciar a vinda de Cristo nosso Salvador, assim como nós”.

Segundo a membro das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Manaus, nós “também somos escolhidos para levar a Palavra de Deus até os mais distantes e excluídos da sociedade”. Conceição lembra que “o Evangelho ressalta que não devemos nos calar, ou ter medo, pois o Espírito Santo está conosco, e ainda nos fala que gritar no deserto significa pregar a Palavra onde ela é proibida, onde é perigoso, onde vamos ser humilhados e passar por provações, mas é no deserto que somos aperfeiçoados por Deus”.

Esse deserto pode ser na sua casa, no seu trabalho, na sua escola, na sua comunidade, enfim na sociedade”, insiste. Ela coloca que “quando João Batista batizava as pessoas elas eram limpas e purificadas do pecado, pediam perdão e mudavam de vida”. Diante disso, afirma que “hoje nós também devemos nos confessarmos e mudarmos de vida, pois, fomos resgatados pelo sangue de Jesus, para sermos puros e alcançarmos a santidade”. Segundo Conceição Silva, “precisamos morrer para o pecado, e nascer de novo, para continuar lutando pela vida de cada irmão e cada irmã excluída(o) da nossa sociedade, viver para Deus e para os irmãos e irmãs é nossa meta”.



Analisando o Evangelho, ela diz que “também nos mostra que João era perseguido, julgado, assim também como ocorre nos dias de hoje, pois nós somos mensageiros da luz, e a luz incomoda quem está na escuridão”. Diante disso, afirma que “não devemos temer o mal, podemos até ser perseguidos, mas sempre teremos Jesus ao nosso lado para nos fortalecer com o seu Espírito Santo”. Igualmente coloca que “notamos também que João compara seus perseguidores com víboras, cobras que picam e nos causam dor, mais é através da oração, do jejum e de nossas práticas que venceremos o mundo, retribuindo o ódio com amor e oração”.

Analisando a realidade atual, Conceição Silva mostra que “estamos passando por tempos sombrios, difíceis, com uma realidade de ódio, de medo, de desamor, e a nossa  reflexão de hoje nos mostra que cada um de nós cristãos e cristãs somos capacitados para levar a Palavra de Deus à quem mais precisa, aos moradores de rua, aos ribeirinhos, quilombolas, indígenas, enfim a todos que se encontram à margem da sociedade, e tenhamos sempre a certeza que Cristo estará conosco, seja na oração ou com seu Espírito Santo, nos consolando, resgatando e nos motivando para fazermos a ponte, e assim resgatarmos a vida, que está sempre em primeiro lugar”.

Finalmente, ela coloca duas perguntas: Como nós cristãos e cristãs estamos nos preparando para esse Tempo do Advento? Qual o chamado que estou respondendo: da luz ou das trevas”. Daí pede “que Jesus seja sempre a nossa luz e que Maria nossa Mãe nos cubra com seu divino manto, para alcançarmos as graças de sua infinita misericórdia”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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