sábado, 4 de fevereiro de 2023

5º Domingo Tempo Comum: Ser sal e luz é entrega gratuita ao Reino de Deus, é doar a vida pelo outro e por uma causa


No 5º Domingo do Tempo Comum a Ir. Rose Bertoldo nos faz ver que “o simbolismo do sal e da luz são extraordinários: o sal não pode salgar a si mesmo.  Sua capacidade não lhe é útil para nada. Mas é imprescindível para os outros. É para ser acrescentado a outro alimento, é para ressaltar seu sabor. O sal é feito para os outros, ele garante o sabor, com a condição de que se dissolva”. A religiosa do Imaculado Coração de Maria coloca “o desafio de sermos sabor na vida dos outros, aquilo que dá sentido desde as simples e pequenas coisas do cotidiano”.

Em relação com a luz, a Secretária Executiva do Regional Norte1 da CNBB disse que “o tema da luz é muito frequente na Bíblia.  A importância da Luz para o desenvolvimento da vida. Não só porque a luz é imprescindível para a vida, mas porque o ser humano não pode desenvolver-se na escuridão. A luz símbolo da vida, ‘caminhar na Luz’. A luz sempre indica caminho”.

Segundo a Ir. Rose, “a liturgia desse domingo nos convida a iluminar, ser luz e dar e ser sabor. Ser luz nestes tempos tão sombrios, diante de tantas violências, mortes, genocídio dos povos indígenas, destruição das florestas... Ser luz é repartir o pão com o faminto, é acolher nos nossos espaços o pobre, o peregrino, o migrante, a pessoa violentada, excluída”. Por isso, a religiosa afirma que “ninguém é ‘a luz’, mas cada um de nós tem um pouco de luz. Todos nós compartilhamos mutuamente a luz que vem de Deus. Nossa pequena luz reforça e ativa a luz presente no outro”.

“A liturgia deste domingo nos convida a rezar a nossa presença e nossa atuação na realidade cotidiana e no encontro com os outros”, destaca a Secretária Executiva do Regional Norte1. Segundo ela, “Ser sal” e “ser luz” significa vida descentrada, servidora. E junto com isso, nos faz ver que “vale lembrar, o sal, para salgar, tem de desfazer-se, dissolver-se, deixar de ser o que era”.



Em relação com a luz, convém lembrar que “a lamparina ou a vela produzem luz, mas o azeite ou a cera se consomem”. Por isso, “ser sal e luz é entrega gratuita ao Reino de Deus, é doar a vida pelo outro e por uma causa. Seguir Jesus é deixar que a Luz d’Ele transpareça em nossa vida”.

Lembrando a Festa da Apresentação do Senhor acontecida no dia 2 de fevereiro, Dia Mundial da Vida Religiosa Consagrada, a religiosa afirmou que “centra-se na missão e incentiva a alargar a tenda. A missão alarga o espaço de nossa tenda e ensina-nos a crescer em sincera harmonia, fortalecendo os nossos laços, caminhando juntos, com a solicitude de Maria e com a sua profunda alegria”.

A religiosa também lembrou do 8 de fevereiro, Dia Mundial de Oração contra o Tráfico de Pessoas, “convite a caminharmos juntos no enfrentamento ao crime que cerceia a vida de tantas pessoas”. A Ir. Rose, que faz parte da Rede um Grito pela Vida, que se dedica ao combate da exploração sexual de crianças e adolescentes, convidou a rezarmos “nesta semana que se inicia em comunhão com todas as pessoas que lutam para erradicar esse crime que atinge principalmente crianças, adolescentes e mulheres”.

Junto com isso, a Ir. Rose pediu que “nos unamos em oração na festa litúrgica de Santa Bakhita padroeira de todas/os que sofrem pela violência do tráfico de pessoas. Ela nos inspira a rezar e nos conscientizar sobre esta ‘ferida aberta no corpo de Cristo, no corpo de toda a humanidade', que nos diz o Papa Francisco”. Por isso, finalizou pedindo que “sejamos sal que dá sabor e luz que ilumina o caminho”.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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