No
7º Domingo do Tempo Comum a Palavra de Deus nos faz um convite tão bonito, “o
de percorrermos um caminho de santidade e de perfeição”, afirma a Ir. Cidinha
Marques.
A
religiosa coloca que “a primeira tentação que temos é de pensar a perfeição
como a condição de não errar, de fazer tudo certo, dentro dos nossos princípios
e aprendizados do que é ser perfeito e isto já é uma dificuldade, pois nos
engessa, aprisiona e impede a nossa condição humana
mais bonita, de sermos pessoas livres, capazes de fazer escolhas”.
Segundo
a Ir. Cidinha, “o mundo tem sua concepção de perfeição que nos orienta para a estética,
a beleza, modelos de comportamento, de corpo, e isso comporta rituais de
regimes, de observâncias corporais, exercícios, incensados por uma ideologia
que exclui a diversidade, a originalidade, as diferentes possibilidades de
sermos quem somos, de viver a vida e a fé”.
Comentando
as leituras, a religiosa Catequista Franciscana afirma que “nos falam da
santidade que tão bem tem nos ensinado o papa Francisco, a capacidade de sermos
profundamente humanos e humanizados, pessoas que desde dentro, das entranhas
fazem um movimento de ser no mundo contradição: ‘Amar o próximo como a si
mesmo’, que nos é proposto com questões práticas, não ter ódio no coração, não
procurar vingança, guardar rancor, e, o Evangelho vai nos colocando em um novo
caminho, o da reconciliação, de ir além do que se é esperado, amar não só os
amigos, mas também os inimigos, rezar por quem nos persegue e esta atitude
aprendemos do próprio Deus que faz o sol nascer sobre bons e maus e a chuva
cair sobre justos e injustos”.
“Esta
reviravolta a nós pedida é o caminho do discipulado, certamente que temos tempo
de bonança desta vivência e muitos momentos de recaída”, afirma a Ir. Cidinha. Segundo
ela, “precisamos começar sempre de novo, a cada dia, a cada amanhecer, bebendo
desta fonte de vida e liberdade que nos é dada, de sermos santuário, casa e morada do Espirito de Deus”.
Seguindo a segunda leitura, a religiosa destaca “um Deus tão grande que nos
escolhe como seu santuário, seu sacrário, a ser cuidado, amado, em nós e em
quem nos rodeia”.
“O
caminho da santidade e da perfeição, então por mim não compreendido como o caminho de quem não erra e desafina, é sim o
caminho de pessoas humanizadas que
escolhem viver o amor e por amor, vencendo assim o ódio, a divisão, a vingança
e tudo aquilo que nos afasta uns dos outros e de toda a criação”, segundo a Ir.
Cidinha. Ela recordou as testemunhas desta vivência: Francisco de Assis, irmã
Dulce dos pobres, irmã Dorothy, o Papa Francisco, Ailton Krenak, lideranças de
nossas comunidades, catequistas, mulheres e homens de bençãos para o mundo.
Finalmente, a religiosa pediu “que sejamos pessoas amorosas e reconciliadas, bondosas e compassivas, podendo assim cantarmos: Bendize ó minha alma ao senhor, pois ele é bondoso e compassivo!”.
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