Dom José Albuquerque de Araújo, que no próximo domingo 12 de fevereiro assume a Diocese de Parintins como Bispo diocesano, se despediu neste domingo 5 de fevereiro da Arquidiocese de Manaus, onde ele nasceu, foi ordenado presbítero e desde 2016 assumia a missão de Bispo Auxiliar. A despedida aconteceu numa celebração eucarística na Catedral da Imaculada Conceição e contou com a presença do Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus, Dom Edson Damian, Bispo de São Gabriel da Cachoeira e Presidente do Regional Norte1 da CNBB, presbíteros, familiares e amigos de Dom José, dentre eles sua mãe, e o povo da Arquidiocese.
Uma
celebração de agradecimento e de envio, segundo lembrou Dom Leonardo, que
mostrou o agradecimento pelo tempo que Dom José serviu a Arquidiocese de Manaus
como presbítero e depois como Bispo auxiliar. Uma celebração para agradecer “o
dom da sua vida, o dom do seu ministério, e que ele possa lá igualmente ajudar
o povo de Deus a ser sal da terra e luz do mundo”.
Na homilia,
o Bispo eleito de Parintins disse que Jesus nos convoca a “ser sal da terra e
luz do mundo”, destacando como algo impressionante o jeito de falar de Jesus, “simples,
acessível, compreensível, mas de uma forma muito profunda”. Dom José definiu o
ser sal como “saber fazer a diferença, o sal nos dá sabor”, dizendo que pelo
fato de ser sal, “o cristão, a cristã no mundo é chamado a ser aquele que vai
fazer a diferença, aquele que conhece a Cristo, que aceita o seu chamado, que
responde o seu chamado e que procura por meio de seu vida dar um testemunho”,
um testemunho que tem que ser uma luz.
Dom José
Albuquerque insistiu na necessidade de se importar com a vida do outro,
afirmando que “um dos males do nosso tempo é sem dúvida a indiferença, a falta
de sensibilidade, a falta de solidariedade, a falta de amor”, algo que ele vê
como vocação e missão, “estarmos no mundo como uma presença consoladora, uma
presença solidária”. Seguindo o texto do Profeta Isaías da liturgia do dia, o
Bispo destacou que “a vida cristã tem que sempre nos levar a agirmos pela
caridade”.
Sua
nomeação e envio como Bispo de Parintins é visto por Dom José Albuquerque como um
presente dos céus, insistindo em que “o que mais me conforta o coração é saber
que eu vou continuar servindo à Igreja na Amazônia”. Ele disse “como é bom dar
continuidade a minha caminhada vocacional junto com um presbitério muito
querido”, e em poder continuidade à missão de Dom Giuliano Frigenni, que está
lá quase 24 anos como Bispo na Diocese de Parintins.
Da sua nova
diocese, Dom José destacou o fato de ser um povo muito fervoroso e com uma
caminhada muito bonita de Igreja, dizendo levar em seu coração, em sua vida a
Igreja de Manaus, a quem diz que sempre estará unido pela sua oração e pela
gratidão que vai levar para a vida toda. Para isso o Bispo eleito de Parintins
disse contar com a oração de todos, "para que eu não atrapalhe o Espírito
Santo na missão de ser Bispo daquela Diocese”, dizendo se sentir “um instrumento,
um servidor, alguém que vai de alguma forma ajudar a comunicar a Palavra e
fazer com as pessoas possam se apaixonar por Cristo como eu sou apaixonado”.
Em nome do
Regional Norte1, seu Presidente Dom Edson Damian disse ser tão bonito “ver o
Papa escolhendo padres daqui da Amazônia para serem os bispos das nossas
dioceses”. O Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira mostrou a gratidão e
estima fraterna do Regional Norte1, onde Dom José vai continuar seu ministério
episcopal, também a colegialidade episcopal e fraternidade. Dom Edson agradeceu
ao Cardeal Leonardo Steiner por sua visita ao Povo Yanomami que estava sofrendo
um verdadeiro genocídio, em nome do Regional, do Papa Francisco e do episcopado
brasileiro, “mostrando solidariedade e denunciando tantas atrocidades que foram
cometidas lá naquela região”.
Dom
Leonardo disse em nome da Arquidiocese “agradecer de coração o seu ministério
aqui em Manaus e desejamos todas as bençãos de Deus agora em Parintins”. Seguindo
as palavras de Dom Edson, o Cardeal insistiu no fato do Papa Francisco ter
buscado no meio do nosso clero, da nossa região, homens para servir à Igreja,
pedindo poder continuar com isso, escolhendo “homens de nossa região, que compreendem
nossa cultura, religiosidade e assim animar nossa Igreja a sermos sal da terra
e luz do mundo”.
O Arcebispo
de Manaus pediu àquele que tem sido seu Bispo auxiliar que “esse sal seja o
tempero que você possa levar junto do povo de Deus, que eles sintam sempre que Deus
os acolhe, que Deus os tempera, que Deus os vivifica e restaura”. Dom Leonardo
deu seu “muito obrigado pelo seu ministério aqui no nosso meio e que Deus o
abençoe”, lembrando que “Manaus continua sendo a sua casa”.
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