A Quaresma
é um tempo em que “somos chamados por Deus a trilhar um caminho de verdadeira e
sincera conversão, redirecionando toda a nossa vida para Ele”, afirma o Papa Francisco
na mensagem enviada ao Brasil com motivo da Campanha da Fraternidade 2023 (Ver aqui). Um
tempo em que “encontramos na oração, na esmola e no jejum, vividos de modo mais
intenso durante este tempo, práticas penitenciais que nos ajudam a colaborar
com a ação do Espírito Santo, autor da nossa santificação”.
O Pontífice
lembra que o povo brasileiro é chamado neste ano a “que voltemos o nosso olhar
para os nossos irmãos mais necessitados, afetados pelo flagelo da fome”. Lembrando
suas palavras aos Movimentos Populares, ele disse que “milhões de pessoas
sofrem e morrem de fome. Por outro lado, descartam-se toneladas de alimentos.
Isto constitui um verdadeiro escândalo. A fome é criminosa, a alimentação é um
direito inalienável”.
Diante
disso, o Santo Padre lembra que “a indicação dada por Jesus aos seus apóstolos
“Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14, 16) é dirigida hoje a todos nós, seus
discípulos, para que partilhemos – do muito ou do pouco que temos – com os
nossos irmãos que nem sequer tem com que saciar a própria fome”. Isso porque “indo
ao encontro das necessidades daqueles que passam fome, estaremos saciando o
próprio Senhor Jesus, que se identifica com os mais pobres e famintos”, segundo
nos lembra Mateus 25.
O Papa
Francisco chama a ações concretas, que ele vê necessárias, “que venham de modo
emergencial em auxílio dos irmãos mais necessitados, mas também gere em todos a
consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade
não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais,
mas deve ser uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo
presente em todo aquele que passa fome”.
Uma atitude
de partilha que pede fazer presente nas paróquias e dioceses, mas também nos órgãos
de governo em todos os níveis e nas entidades da sociedade civil, a fim de
que, "trabalhando todos em conjunto, possam definitivamente extirpar das terras
brasileiras o flagelo da fome”, pois “aqueles que sofrem a miséria não são
diferentes de nós”.
Sob a intercessão
de Nossa Senhora Aparecida, o Papa envia sua Benção Apostólica a todos os
brasileiros e brasileiras, “de modo especial àqueles que se empenham
incansavelmente para que ninguém passe fome”.
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