domingo, 5 de março de 2023

Assembleia Sinodal Cone Sul: "Resgate de toda a beleza do Batismo que nos une"


A etapa continental na América Latina e Caribe do Sínodo 2021-2023 dá mais um passo em frente esta semana, com a quarta e última assembleia das programadas para a realização desta fase. Um encontro sinodal que terá lugar de 6 a 10 de março na Casa Mons. Luciano Mendes de Almeida da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.

Quase 200 representantes do povo de Deus das cinco conferências episcopais que fazem parte da Região do Cone Sul do Conselho Episcopal da América Latina e Caribe (Celam): Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Brasil, reunir-se-ão para partilhar testemunhos e experiências da Igreja no continente, uma oportunidade para socializar e caminhar juntos, em sinodalidade, seguindo a metodologia da conversa espiritual.

É o momento de utilizar estas experiências do povo de Deus para tornar real aquilo que o Papa Francisco nos pede: construir uma Igreja sinodal, uma Igreja de comunhão, participação e missão.



“A acolhida da assembleia do Cone Sul, para nós enquanto equipe sinodal, enquanto Igreja no Brasil, é um momento antes de tudo de ação de graças por todo o caminho feito até o momento, e também de expectativa daquilo que será o Sínodo dos Bispos”, segundo o Padre Patriky Samuel Batista. O Secretário Geral Adjunto da CNBB afirma que “é uma ocasião favorável para que a gente possa começar a transformar toda essa escuta em um caminho”.

O presbítero lembra as palavras do Papa Francisco, para quem “a sinodalidade é o caminho que Deus quer para a Igreja hoje”. Ele insiste em que “agora então atentos aos sinais dos tempos, nessa escuta comprometida, que nós possamos agora celebrar agora presencialmente no encontro com a Igreja na América Latina, no Cone Sul. É um momento de ação de graças, de memória e de renovação da esperança”.

Um encontro que é visto pelo Padre Patriky como “um compartilhar de experiências que vai nos ajudando a perceber desafios comuns, mas também horizontes que se apresentam também de superação desses desafios, tanto na perspectiva eclesial como nos desafios que tocam diretamente à sociedade”. Ele insiste em que “além disso é uma oportunidade singular para que a gente possa compartilhar as boas práticas e as experiências também de escuta dos outros países, das outras conferências. Esse compartilhar a partir da escuta do Espírito é um momento muito especial para todos nós”, ressaltando que “é uma dinâmica nova”.



Um momento em que participam todos os estamentos do povo de Deus, o que é considerando pelo Secretário Geral Adjunto da CNBB como “expressão bela da Igreja que é comunhão”. Uma dinâmica que, antes de tudo é “esse resgate de toda a beleza do Batismo que nos une”. O presbítero brasileiro não duvida em definir este encontro como “um belo testemunho que a gente oferece para o mundo, onde todos, cada um com sua vocação, com seu ministério são chamados a ser essa Igreja em saída, mas sairmos juntos, esse é o grande horizonte”.

Lembrando de novo as palavras do Papa Francisco, o Padre Patriky diz que “há momentos que os pastores estejam à frente, no meio, às vezes atrás”. Ele destaca “essa mobilidade, essa disposição de caminhar juntos, mas também de ir valorizando cada membro do povo de Deus, sobretudo o laicato, é um momento singular”. De fato, “toda essa caminhada sinodal, esse processo de escuta e essa assembleia agora do Cone Sul, é também uma oportunidade para que a gente possa redescobrir a Teologia do Batismo”.

Estamos diante de “uma Igreja que deseja mais do que nunca caminhar juntos, na escuta uns dos outros, transformando essa escuta em caminho. É uma Igreja profundamente ministerial e aí vem toda essa reflexão sobre o sacramento do Batismo, mas do que a fonte comum para todos nós, o trampolim que nos joga realmente na missão, independente da vocação, do ministério que exerce, a importância e a beleza do sacramento do Batismo”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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