A chegada de
Dom Evaristo Spengler como 10º Bispo da Diocese de Roraima é um momento intenso
para esta Igreja local “uma nova página, cada novo bispo vem para renovar, para
dar um alento na caminhada da Igreja”, segundo o Padre Lúcio Nicoletto,
Administrador Diocesano.
Dom
Evaristo está sendo acolhido nem só pela Diocese de Roraima como também pelo Regional
Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1). A Ir. Rose
Bertoldo mostrou a grande alegria diante da chegada do novo Bispo de Roraima
com sua chegada num Regional que “tem uma comunhão muito grande entre as igrejas
e caminha na sinodalidade”. A Secretária Executiva do Regional destacou a
chegada do Presidente da Comissão Episcopal Pastoral Especial de Enfrentamento ao
Tráfico Humano, somando assim com uma das causas prioritárias do Regional, o
enfrentamento do tráfico de pessoas e da exploração sexual de crianças e adolescentes. Um agradecimento
que também mostrou a Ir. Irene Lopes, Secretária Executiva da REPAM-Brasil, que
tem Dom Evaristo como seu presidente.
O Cardeal
Leonardo Steiner, que ordenou Bispo a Dom Evaristo Spengler, lembrou seu lema
episcopal, “avance para águas mais profundas”, dizendo que “Roraima será uma
oportunidade de fazer realidade seu lema”. O Metropolita mostrou a gratidão dos
Bispos do Regional por ter aceitado ser Bispo de Roraima, destacando a comunhão
que é vivida no regional Norte1 entre bispos, padres, vida religiosa e o laicato.
O Cardeal mostrou
a proximidade do Papa com a Amazônia e com a Igreja da Amazônia, da qual faz parte
Diocese de Roraima, que sempre tem caminhado com as outras igrejas. Dom
Leonardo lembrou que enviou ao Papa Francisco o relatório da visita que realizou
no mês de fevereiro diante da crise do Povo Yanomami, mostrando seu agradecimento
ao Santo Padre pela nomeação de Dom Evaristo, insistindo em que “a Amazônia
está no coração do Papa e ele olha para nossas igrejas de forma muito carinhosa”.
O Papa Francisco “estima nossa Igreja e nos estimula a caminhar com as pessoas
mais necessitadas e com as realidades que fazem parte da nossa evangelização”,
destacou o Arcebispo de Manaus.
O novo
Bispo agradeceu a acolhida do Regional Norte1 e da Diocese de Roraima, que conheceu
numa rápida visita no mês de fevereiro. Dom Evaristo Spengler vê sua chegada em
Roraima como consequência dos planos de Deus, que “planeja nossa vida”, algo que
disse ter vivenciado ao longo de sua missão como frade franciscano e Bispo.
Chegar em sua nova Diocese é visto por Dom Evaristo como oportunidade que Deus está
lhe dando para “abrir-se a novas realidades”, numa Diocese que ele definiu como
profética, fiel ao Evangelho, na defesa dos mais pobres e vulneráveis, relatando
a crise humanitária sem precedente do Povo Yanomami.
O novo
Bispo destacou a relação histórica da Diocese de Roraima em defesa dos povos
indígenas, uma defesa histórica na linha do Evangelho de Jesus. Ele disse
querer somar com os caminhos que vem realizando a Diocese, que vive um processo
de escuta sinodal para contemplar todas as realidades. No extenso território da
Diocese, Dom Evaristo disse querer conhecer todas as realidades e as
vulnerabilidades que existem no Estado de Roraima.
Dom
Evaristo lembrou também da visita da Comissão Episcopal Pastoral Especial de
Enfrentamento ao Tráfico Humano em 2018, que ajudou na organização de muitas ações
aceitas pela CNBB, com recursos para assistir aos migrantes, que hoje se centra
no trabalho de documentação e de assessoria jurídica. Dom Evaristo anunciou uma
nova vista da comissão ao longo deste ano.
Dom
Evaristo Spengler insistiu em que o Bispo não atua sozinho, ele atua no
conjunto da Igreja, cada realidade é uma experiência diferente, chamando a aprofundar
numa Igreja sinodal, numa Igreja que fortaleça as comunidades, uma Igreja que
anuncia, que celebra e testemunha, uma Igreja em saída missionária e uma Igreja
que acolhe.
A chegada
de um novo Bispo não é colocar uma pedra por cima, insistiu o Padre Lúcio Nicoletto,
e sim lembrar a história da Igreja de Roraima, que acolhe Dom Evaristo sentindo
que é Deus que confirma a fé, a caminhada de um povo. O administrador diocesano
disse que a Igreja é uma comunhão de pessoas e quem chega vem para confirmar
uma história e avivar a caminhada numa Igreja que procura avançar para águas
mais profundas.
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