quarta-feira, 26 de abril de 2023

60ª Assembleia CNBB avança na eleição de presidentes de comissões


As 12 comissões episcopais que fazem da Conferência Nacional dos Bispos de Brasil (CNBB) são de grande importância para a caminhada da Igreja católica no país. Depois da eleição da Presidência e dos dois presidentes da Comissão de Animação Missionária e Bíblico-catequética, nesta quarta-feira os bispos do Brasil elegeram os membros das outras comissões.

A Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé será presidida por Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), que foi secretário geral no último quadriênio. Dom Joel foi nomeado bispo em 7 de dezembro de 2016. Na Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora foi reeleito na primeira votação dom José Valdeci Santos Mendes, bispo da Diocese de Brejo (MA), desde agosto de 2010. Ele disse aceitar “pela confiança dos senhores, pelo compromisso de uma Igreja comprometida com o empobrecido, com o propósito da Comissão de testemunhar o Evangelho e a Doutrina Social da Igreja”.

Dom Hernaldo Pinto Farias, bispo de Bonfim (BA), é o novo presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB. foi o escolhido para conduzir os assuntos de Liturgia no quadriênio (2023-2026). Ele, que é bispo desde 2019, disse aceitar “por acreditar numa liturgia que nasceu do Concílio Vaticano II.



A Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB será presidida por dom Ângelo Ademir Mezzari, que é bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP), desde 2020. Em suas primeiras palavras disse: “Eu quero agradecer a confiança da Assembleia da CNBB. Eu sou um bispo da pandemia, e sou um bispo das assembleias virtuais. Essa é a primeira assembleia presencial, já que ano passado eu estava no curso para novos bispos. Conhecendo a caminhada e tendo participado bastante, sobretudo nesses organismos, eu hoje, também por fidelidade ao meu carisma como rogacionista, no Ano Vocacional e nessa mensagem tão bonita do Papa, ‘Vocação, graça e missão’, eu me coloco à disposição e aceito essa nova missão”.

Na presidência da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB foi reeleito na primeira votação Dom Giovane Pereira de Melo, recentemente nomeado primeiro bispo da diocese de Araguaína (TO), desmembrada da diocese de Tocantinópolis, para onde foi nomeado no dia 4 de março de 2009. Ele disse aceitar “para continuar servindo o povo de Deus, de modo particular os cristãos leigos e leigas, agradeço o carinho dos irmãos e acolho esse serviço”.

Na última votação do dia, a 60ª Assembleia Geral da CNBB elegeu dom Bruno Elizeu Versari, bispo de Campo Mourão (PR), de onde foi eleito bispo coadjutor no dia 19 de abril de 2017, assumindo como titular em 6 de dezembro do mesmo ano, como presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família. O novo presidente assumiu agradecendo pelos votos e dizendo esperar corresponder ao encargo confiado.



Além das votações os participantes da Assembleia fizeram as últimas observações em relação ao Regimento interno da CNBB, que finalmente foi aprovado por ampla maioria, sendo apresentada igualmente a caminhada dos organismos do Povo de Deus: Comissão Nacional dos Presbíteros, Conferência dos Religiosos do Brasil, Comissão Nacional dos Diáconos, Conferência Nacional dos Institutos Seculares do Brasil, Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil e Conselho Nacional do Laicato do Brasil.

Os representantes dos organismos mostraram os elementos presentes em cada um desses organismos, insistindo em olhar para o futuro com esperança, em viver a sinodalidade e a comunhão, agradecendo à Presidência do último quadriênio pelo caminho percorrido, uma caminhada conjunta, em diálogo, em corresponsabilidade na missão, em sintonia com a Igreja do Brasil, com o Papa Francisco e seu Magistério, sendo relatadas as diferentes ações realizadas.

A Assembleia escutou o relatório do Conselho Indigenista Missionário, constantemente atacados no Brasil, relatando as dores presentes na vida dos povos e o esforço dos missionários em acompanhar os povos originários. Neste dia também aconteceu a celebração interreligiosa, com representantes da Comunhão anglicana, do islamismo, Igreja presbiteriana unida, judaismo, Igreja Metodista, e Luteranos, um sinal da necessidade de caminhar juntos como humanidade.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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