A devoção mariana
acompanha a vida da Igreja católica desde sempre e o mês de maio é o mês de
Maria, o mês da Mãe, uma Mãe com muitos nomes. Seria difícil saber o número de
avocações que Nossa Senhora tem, mas além do número, ela é alguém que provoca
sentimentos de carinho, de confiança, de se sentir amado.
Qual o sentimento
que Maria provoca em mim? Qual o olhar que eu tenho para com ela? Como me
relaciono com aquela que é a mãe de Jesus e nossa mãe? São perguntas que podem
nos ajudar a entender a figura de alguém que na Igreja tem uma relevância
especial. Mas de onde vem essa importância? Claramente da sua atitude para com
Deus e para com os outros.
Maria é a mulher
que sempre pensa nos outros, desde o primeiro momento em que ela aparece nos
textos evangélicos. O pedido de Deus não é fácil de assumir, ainda mais para
uma jovem sem experiência a quem seu sim a colocava claramente em risco. Mas
ela pensa no projeto de Deus e busca com sua resposta fazer realidade seus planos,
os planos daquele em que ela confia.
Diante da atitude
de Maria somos desafiados a nos questionarmos sobre nossas atitudes. Isso numa
sociedade onde pensar só em si próprio, onde não querer se complicar a vida,
virou moda. Maria nos ensina que vale a pena se colocar ao dispor dos outros,
que vale a pena se arriscar, que a vida é para ser doada, e quando a gente se
doa, essa vida se plenifica e se torna referência na vida dos outros.
Maria é a mulher
plena, geradora de vida, de vida em abundância, ela é instrumento de Deus para
a humanidade, e é por isso que ela se torna uma referência na vida do povo, na
vida dos discípulos e discípulas, pois ela pode ser chamada de primeira
discípula de Jesus, seu Filho. É com Maria que a gente vai descobrindo os
caminhos de Jesus, os caminhos de Deus.
Somos desafiados a
trazer Maria para nossa vida, a vê-la como alguém que é gente com a gente,
companheira de caminho, sempre atenta ao caminhar do outro, sempre disposta a
tender a mão para quem precisa de ajuda. Em Maria Deus se fez carne e ela
assumiu essa encarnação da melhor maneira, com um compromisso cotidiano na
defesa da vida de todos e para todos.
A gente encontra
Maria no meio dos pequenos, dos que não contam. No final da história, ela era
alguém que não contava, que estava desse lado da história, e quando nós
escolhemos estar desse lado, vamos encontrar lá aquela que se fez referência na
vida de muita gente. Mês de maio é tempo de Maria, de Maria da gente, daquela
que sempre escolheu seu povo, povo a caminho, povo que constrói ao longo da
história o Reino de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário