sábado, 27 de maio de 2023

Pastoral do Povo de Rua de Manaus denuncia limpeza social da Prefeitura


Em nota de repúdio, publicada neste sábado 27 de maio, a Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Manaus quis “repudiar com veemência a ação coordenada pela SEMACC (Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comercio Informal), com apoio de vários órgãos da Prefeitura de Manaus que realizou na manhã do dia 26/05 uma limpeza social em regiões próximas à Praça dos Remédios e Mercado Municipal”.

A nota denuncia a "falta de políticas públicas de moradia e de assistência social”, e o fato de ter promovido “uma violação de direitos fundamentais à dignidade humana”, algo que denunciam como ilegal e criminoso, dado que “tomou e apropriou-se dos bens dessas pessoas”.

O texto faz um chamado para que sejam promovidas “ações positivas junto a População em Situação de Rua”, e pensar isso no coletivo, buscando assim “o compartilhamento de responsabilidades e competências que cabem ao órgão público de direito”. O que defende a Pastoral do Povo de Rua é a promoção de “propósitos legítimos e humanizados”.

A Pastoral define como algo que não se pode permitir, o “higienismo social”, e junto com isso as afrontas aos direitos do cidadão, seja quem for. Segundo a nota, “onde falta a oportunidade de educação, tratamento, trabalho e rede de apoio, há um aumento da desigualdade social e todas as mazelas que a acompanham”.

O texto pede não confundir “o ato ilícito que ocorreu na noite anterior em um comércio da região com a ação infeliz que foi realizada na manhã seguinte", solicitando os esclarecimentos cabíveis.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1


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