Em nota de
repúdio, publicada neste sábado 27 de maio, a Pastoral do Povo de Rua da
Arquidiocese de Manaus quis “repudiar com veemência a ação coordenada pela
SEMACC (Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comercio
Informal), com apoio de vários órgãos da Prefeitura de Manaus que realizou na
manhã do dia 26/05 uma limpeza social em regiões próximas à Praça dos Remédios
e Mercado Municipal”.
A nota
denuncia a "falta de políticas públicas de moradia e de assistência social”, e o
fato de ter promovido “uma violação de direitos fundamentais à dignidade humana”,
algo que denunciam como ilegal e criminoso, dado que “tomou e apropriou-se dos bens
dessas pessoas”.
O texto faz
um chamado para que sejam promovidas “ações positivas junto a População em
Situação de Rua”, e pensar isso no coletivo, buscando assim “o compartilhamento
de responsabilidades e competências que cabem ao órgão público de direito”. O
que defende a Pastoral do Povo de Rua é a promoção de “propósitos legítimos e
humanizados”.
A Pastoral
define como algo que não se pode permitir, o “higienismo social”, e junto com
isso as afrontas aos direitos do cidadão, seja quem for. Segundo a nota, “onde
falta a oportunidade de educação, tratamento, trabalho e rede de apoio, há um
aumento da desigualdade social e todas as mazelas que a acompanham”.
O texto pede não confundir “o ato ilícito que ocorreu na noite anterior em um comércio da região com a ação infeliz que foi realizada na manhã seguinte", solicitando os esclarecimentos cabíveis.
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