sexta-feira, 30 de junho de 2023

CEETH da CNBB lança ações em vista do 30 de julho, Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas


Em 2013 a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu o 30 de julho como Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Buscando mobilizar ações para lembrar essa data, a Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), elaborou vários materiais e sugestões para ajudar nesse sentido, querendo responder ao objetivo desse dia: conscientizar e promover direitos para as vítimas, um empenho presente na Igreja católica sempre esteve presente nestas ações.

São ações para ajudar a comissão a reforçar a caminhada pela dignidade, que colocou como lema: “Tráfico de pessoas existe e precisa ser enfrentado. Basta!”, querendo mostrar a existência desta violência no Brasil. No mundo, segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 50 milhões de pessoas são vítimas da escravidão moderna, reconhecendo a dificuldade em identificar as vítimas em razão da dinâmica do crime que muda a todo momento. No Brasil, dados do Ministério do Trabalho, apontou que 2.575 pessoas foram resgatadas de trabalho análogo a escravidão em 2022. Diante desses números, Aa igreja católica reforça que são pessoas que sofrem graves violações e precisam que seus direitos e vida digna sejam respeitados.

Dentre os materiais elaborados pela comissão está o cartaz (baixar aqui) e o folheto (baixar aqui), disponíveis para fazer downloads e ser impresso. O folheto sugere um roteiro de reflexão que pode ser adaptado de acordo com a realidade local. Junto com isso, um seminário de formação e prevenção previsto para 31 de julho e 01 de agosto em Lages (SC). Segundo Dom Evaristo Spengler, bispo de Roraima e presidente da comissão as ações são uma forma também de denunciar o tráfico de pessoas e reforça para que as comunidades coloquem o cartaz em exposição e que dediquem um momento para pensar na caminhada e promover a dignidade para as vítimas da violência do tráfico. 

A mentalidade mercantilista e escravocrata ainda persiste em nossa sociedade e precisamos tomar consciência deste grave problema que é invisibilizado até mesmo em nossa igreja. Muitas vezes as pessoas perguntam: ‘será que ainda existe tráfico de pessoas?’ Esta comissão reafirma que o Tráfico de Pessoas existe e precisa ser enfrentado”, enfatizou dom Evaristo Spengler, que reforça que toda a sociedade pode e deve contribuir para combater esse crime. Um dos primeiros passos é debater a temática nos grupos organizados das comunidades, igrejas e coletivos.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1, com informações de Cláudia Pereira | Comunicação CEETH


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