sexta-feira, 7 de julho de 2023

Dom Leonardo e Padre Adelson Araújo dos Santos na lista de participantes do Sínodo


Nesta sexta-feira 7 de julho foi publicada pelo Vaticano a lista de participante no XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Na lista aparece o cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, eleito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e o jesuíta amazonense Adelson Araújo dos Santos, que será um dos facilitadores da Assembleia Sinodal que será realizada em Roma de 30 de setembro a 29 de outubro.

Os brasileiros presentes na assembleia sinodal, junto com alguns outros que fazem parte da Secretaria do Sínodo são o cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo emérito de Mariana, dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André e dom Dirceu de Oliveira Medeiros, bispo de Camaçari, eleitos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Entre os bispos participantes também estará Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, que participa como presidente da do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), o cardeal Sérgio da Rocha, como membro do Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo, e o cardeal João Braz de Aviz, Prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica.

Eleitas como participantes da Assembleia Continental foram escolhidas Maria Cristina dos Anjos da Conceição, da Caritas Brasileira e Sônia Gomes de Oliveira, presidenta do Conselho Nacional dos Leigos do Brasil.

Junto com o padre Adelson Araújo dos Santos, serão facilitadores o padre Agenor Brighenti e o jesuíta padre Miguel Martín.


Para Sônia Gomes de Oliveira, “é uma emoção muito grande enquanto mulher, preta, do sertão, estar nessa lista”. Uma alegria que nasce do fato de “estar representando as outras mulheres, mulheres da Igreja, mulheres da sociedade”, enfatiza a presidenta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil. Junto com a alegria afirma estar diante de uma responsabilidade muito grande, ela diz sentir “uma certa apreensão pela responsabilidade que a gente tem”. Uma oportunidade para poder levar para a assembleia sinodal “aquilo que foi ouvido, que foi debatido, e muitos anseios que existem ainda, que muitas vezes a gente não conseguiu trazer nas pautas”.

A leiga brasileira destaca a importância de levar o “que eu ouvi durante essa caminhada, essa trajetória que nós fizemos, das escutas que nós fizemos, mas também muitos gritos que foram ecoados aqui durante essa etapa do Brasil”. Ela insiste “nesse olhar de vencer o clericalismo, esse olhar maior e mais amplo para as mulheres da Igreja do Brasil”. Daí o pedido de “uma certa autonomia, de uma Igreja mais aberta, que nós mulheres possamos nos sentir mais evangelizadas, mas também evangelizadoras, e esse ser evangelizadoras é muito mais do que ficar ocupando espaços, é também ocupar um espaço de testemunho e de profecia na sociedade e no interno da Igreja”.



Dentre os facilitadores, o padre Agenor Brighenti vê que “o nosso papel é sermos apoiadores aos membros da assembleia no sentido de encaminhamento das dinâmicas dos trabalhos e também com relação à organização da pauta e das fichas que serão trabalhadas nos grupos e estar presente também ali depois em apoio à redação das contribuições que cada grupo vai aportar à assembleia geral, porque a maior parte dos encaminhamentos, das discussões, dos trabalhos serão feitos em grupos menores para depois convergir para o discernimento e a votação da assembleia como um todo”.

O teólogo brasileiro destaca a importância da dinâmica em grupos menores durante a assembleia sinodal, “a diferença de outros sínodos é que as questões estão todas colocadas para o discernimento, discussão e também para encaminhamentos de forma muito aberta em forma de perguntas”, insiste. “Serão os grupos que tendo presente todo o processo que foi feito até aqui durante três anos. Inclusive se recomenda que entram na assembleia os documentos anteriores e as escutas, e por tanto tudo aquilo que se recolheu durante esse processo à luz do Instrumentum Laboris, caminhando em consensos a partir dos grupos que depois vai para o discernimento e uma decisão da assembleia como um todo”.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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