sábado, 23 de setembro de 2023

Encontro Nacional de psicólogos que trabalham nos Seminários: Parafilias na formação humano-afetiva


Organizado pela Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil (OSIB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acontece em Guarulhos – SP, de 22 a 24 de setembro, o Encontro Nacional de Atualização para Psicólogos, com a participação de mais ou menos 120 psicólogos e psicólogas que acompanham a formação de seminaristas em 15 regonais de todas as regiões do Brasil.

Assessorados pelo padre Sérgio Lucas Câmara, do Instituto acolher, os participantes, que acostumam se reunir todo ano no mês de setembro, estão refletindo sobre o tema: “Reflexões sobra as parafilias na formação humano-afetiva dos futuros presbíteros", seguindo a pauta abordada nos últimos anos. Representando o Regional Norte1 da CNBB participam dom José Albuquerque de Araújo, bispo de Parintins e membro da Comissão de Vocações e Ministérios Ordenados da CNBB, e Aldo Aurami Cardoso, psicólogo que acompanha a formação no Seminário São José de Manaus por mais de 10 anos.

O psicólogo destaca “a importância, a riqueza e as contribuições do encontro na nossa prática enquanto psicólogos no campo da formação nos seminários contribuindo de forma significativa nessa costura de conhecimento, nessa troca, nessa partilha que é de fato uma grande riqueza”, agradecendo a possibilidade de participar e o incentivo de estar no encontro.



A formação humana-afetiva faz parte das diretrizes da formação dos seminários no Brasil. No encontro está sendo abordada a questão das parafilias, realidade muito complexa e ampla. Estamos diante de algo que tem a ver com as desordens no campo da afetividade e da sexualidade e como conhecer, enfrentar e tratar desses distúrbios no tempo da formação, desde quando o jovem entra no propedêutico até as vésperas da ordenação.

O psicólogo do Seminário São José considera que esse é “um tema atual, um tema muito importante para que nós possamos aí, de forma significativa ajudar nossa juventude, ajudar essas pessoas que buscam sobretudo melhorar a qualidade de vida, a saúde mental, mas também a saúde comportamental, porque retrata a questão do comportamento, que as vezes é histórico, é algo que ele traz desde a infância, um registro ligado aos transtornos”.

Segundo Aurami Cardoso, “o tema de fato vem contribuir, enriquecer também esse conhecimento do psicólogo que está atendendo. Em todas as etapas no Seminário, quando o jovem chega no propedêutico, que traz consigo uma história de vida, traz um referencial de família, mas também traz os traumas, traz de repente algo que precisa ser sinalizado, ajudado, que possamos dar um suporte, através não só do serviço de psicologia dentro de nossos seminários, mas os diretores espirituais e a equipe de formação”.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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